Atacante chega a cinco gols no Campeonato Carioca em triunfo por 4 a 2 de virada, em Macaé. Equipe da Região dos Lagos segue 'zerada'
O triunfo, porém, não foi capaz de colocar o Tricolor na liderança do Grupo B. Também com 12 pontos, a equipe perde para o Botafogo no saldo de gols: 11 a 9. Na próxima quinta-feira, os comandados de Muricy Ramalho enfrentam o Duque de Caxias, às 19h30m (de Brasília), no Engenhão.
Um 100%, o outro sem ponto. O Cabofriense, que só conhece derrotas na Taça GB, é o lanterna da chave, e encara o Macaé, também na quarta-feira, mas às 17h (de Brasília), em Conselheiro Galvão.
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Flu abre o placar, dorme e sofre
A julgar pelos minutos iniciais, a partida começou como se o Fluminense fosse manter com facilidade os 100% de aproveitamento e atropelar o Cabofriense, que sequer tinha pontuado ou marcado gol na competição. Sem fazer força, o Tricolor deu de ombros para o sol forte e abriu o placar logo aos seis minutos com aquela que tem sido sua principal arma no início de 2011: a bola parada de Souza.
Em jogada ensaiada, o meia cobrou falta pelo lado direito com um toque rasteiro para Fred, que girou por trás da zaga e, quase da marca do pênalti, emendou de primeira sem chance para Fábio: 1 a 0.
Com a facilidade inicial, o Tricolor passou a apresentar um futebol displicente, com muitos passes errados e pouca velocidade. Por outro lado, o Cabofriense não tinha pressa, mas mantinha a posse da bola e apresentava qualidade surpreendente para uma equipe com campanha tão ruim.
E assim, sem pressa e na base do toque de bola, a equipe da Região dos Lagos chegou ao empate e ao primeiro gol no ano. Aos 31, após boa triangulação na entrada da área, Zotti cruzou para Capixaba, que levou a melhor na disputa com Carlinhos, dominou e tocou para o fundo das redes. Diego Cavalieri, que já tinha salvado o Flu em duas oportunidades, nada pôde fazer.
Tartá e Rodriguinho no Inacreditável Futebol Clube
Apesar do ritmo lento, porém, o Fluminense poderia ter descido para o intervalo com boa vantagem no placar. Rodriguinho e Tartá, por sua vez, não colaboraram para isso, e trocaram a camisa tricolor pela do “Inacreditável Futebol Clube”, quadro do programa Globo Esporte.
Primeiro, Carlinhos foi ao fundo, levantou a cabeça e tocou com força para Rodriguinho. Mesmo marcado pelo zagueiro, o atacante tinha o gol inteiro a sua frente, mas, dentro da pequena área, conseguiu chutar por cima. Pouco depois, foi a vez de Tartá fazer sua “obra”.
Após jogada de Souza, Rodriguinho emendou de primeira e Matheus Hansen salvou o gol em cima da linha. A bola sobrou limpa para o camisa 10, que, com o gol aberto, isolou. Foram as melhores chances tricolores antes do fim de um primeiro tempo que não agradou Muricy Ramalho.
A volta de Conca
Coincidência ou não, os “atacantes” do “Inacreditável Futebol Clube” foram substituídos no intervalo por Marquinho e Conca. O argentino, craque do último Brasileirão, estreou em 2011 e voltou ao time 33 dias após passar por uma artroscopia no joelho esquerdo. Mas quem brilhou no recomeço da partida, entretanto, foi Diego Salles. Logo aos três minutos, o camisa 10 do Cabofriense invadiu a área e caiu após choque com Souza. Pênalti duvidoso e convertido pelo próprio jogador.
A vantagem fez com que o time da Região dos Lagos recuasse, e o Fluminense, aproveitando a sombra que tomou conta de quase todo seu campo ofensivo, se lançou ao ataque. Com desenvoltura, Conca conduzia a equipe com bons passes, mas o que fez a diferença foi novamente a bola parada de Souza. Aos 20, ele cobrou escanteio na medida para André Luis cabecear firme e empatar: 2 a 2.
Diante de um adversário com sinais de cansaço, o Tricolor se mandou em busca da virada. Leandro Euzébio, porém, se mandou foi para cima de Waldemar Lemos. Em jogada pela linha lateral, o zagueiro chutou a bola, que já tinha saído, em cima do técnico adversário. O treinador se revoltou e entrou em campo para tirar satisfações (assista no vídeo acima). No fim das contas, foi expulso e deixou o gramado xingando o jogador.
- Palhaço! É um campeão brasileiro de m...!
Fred, o artilheiro
Quando o jogo recomeçou, mais um cartão vermelho para a equipe da Região dos Lagos: o zagueiro Allyson, após falta em Fred, foi o premiado. Com um a menos e sem treinador, a Cabofriense se perdeu em campo e deu os espaços necessários para o Tricolor virar. Desta vez, não foi Souza o autor da assistência, mas seu substituto, Willians. Ele avançou pela direita e tocou para Fred, que bateu colocado para marcar seu quinto gol no Carioca e assumir a artilharia isolada da competição, aos 35.
Fred marcou o primeiro gol do jogo, após jogada ensaiada
O Cabofriense não teve nem tempo de reagir. Dois minutos depois, Marquinho recebeu pela esquerda, levantou a cabeça e cruzou forte para Willians apenas escorar e fechar o placar: 4 a 2.
Fábio Freitas, Rodrigo Santos, Matheus Hansen e Allyson; Schneider, Luciano Totó, Wagner, Diego Salles e Zotti; Capixaba (Assunção) e Allan (Diego). | Diego Cavalieri, Mariano, André Luis, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Diguinho, Souza (Willians) e Tartá (Conca); Rodriguinho (Marquinho) e Fred. |
Treinador: Waldemar Lemos. | Treinador: Muricy Ramalho. |
Gols: Fred, aos seis, Capixaba, aos 31 minutos do primeiro tempo. Diogo Salles, aos quatro, e Andre Luís, aos 20, Fred, aos 35, e Willians, aos 37 minutos do segundo tempo. | |
Cartões Amarelos: André Luis e Diguinho (FLU) Rodrigo Santos e Allyson (CAB) Cartão Vermelho: Allyson (CAB). | |
Estádio: Cláudio Moacyr, em Macaé (RJ). Data: 30/01/2011.Arbitragem: Felipe Gomes da Silva, auxiliado por Ricardo Ferreira de Almeida e Eduardo de Souza Couto. |
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