Com um gramado em péssimo estado, time carioca volta a decidir a competição após 90 minutos de jogo bastante movimentado
Buracos e velocidade
Único sobrevivente dos clubes de São Paulo, o time da cidade de Porto Feliz mostrou que teve motivos de sobra para chegar às semifinais e com 100% de aproveitamento. Com bom toque de bola, o time administrado pela empresa Traffic, que gerencia carreira de jogadores, tem boas revelações que logo estarão se destacando em times profissionais, como Dellatorre, artilheiro da competição com sete gols, Gabriel Santos e Berg. Por isso mesmo, o Desportivo obrigou o goleiro do Flamengo César a fazer boas defesas. A mais perigosa delas aos 40 do primeiro tempo, quando Dellatorre recebeu de Berg e fez o camisa 1 do Fla se esticar para botar a bola por cima do travessão. Antes disso, aos 25, Berg tinha feito linda jogada driblando três jogadores batendo forte de pé esquerdo para fora.
As péssimas condições do gramado do estádio do Nacional-SP atrapalhavam os passes, mas não a disposição da garotada em campo, que imprimiu velocidade e ritmo intenso ao jogo. Se o Fla teve mais dificuldade de entrar na área adversária, por outro lado teve boas chances em chutes de fora. Luiz Phillipe "Muralha" foi a principal peça deste arsenal, dando um petardo perigoso aos 12, que o camisa 1 do Desportivo, Augusto, defendeu no ângulo esquerdo; e outro aos 37, desta vez mais rasteiro, que o arqueiro tirou com as pontas dos dedos. Um escanteio bem cobrado por Lorran quase acabou em gol rubro-negro aos 35, mas Lucas cabeceou para fora a um metro do gol.
As primeiras gotas de chuva caíram logo nos primeiros minutos da etapa final. E Rafinha, apelidado nas categorias de base do Flamengo de "Neymar da Gávea", entrou aos seis, para usar sua habilidade para tentar entrar na área do Desportivo, que continuava oferecendo perigo: aos dez minutos, Júnior deu uma bomba de canhota à esquerda de César. Do outro lado, Lorran respondeu quase marcando aos 14, mas de novo Augusto defendeu um belo chute de fora da área. A melhor chance do Desportivo foi aos 17, quando Berg apareceu sozinho, mas chutou rente à trave direito do Fla.
Aos 18 minutos, aconteceram dois lances que destoou do bom nível do jogo. Um pela violência: Luiz Phillipe entrou com maldade deixando a sola no joelho de Gladstone, mas o árbitro Leonardo Ferreira Lima nem o advertiu. Outro, pelo inusitado: ao levar o jogador do Desportivo de maca, o carregador caiu sentado em cima da cabeça do jogador, em um lance que poderia entrar para as videocassetadas do programa "Domingão do Faustão" (assista ao vídeo).
E Rafinha, aos poucos, tentava sair da forte marcação. Aos 15, ele deu um passe primoroso para Lucas, que não conseguiu dominar. Aos 29, cruzou para Thomás, que se esticou todo mas não conseguiu completar. E em seguida, de novo pela direita, tocou para Lucas cabecear errado.
O ritmo intenso e a chuva fizeram com que o cansaço tomasse conta dos jogadores nos minutos finais. Mesmo assim, as duas equipes não pararam em nenhum momento de evitar a decisão pelos pênaltis. Nos minutos finais, Lorran quase marcou de cabeça para o Fla após escanteio. No minuto seguinte, Dellatorre quase interceptou cruzamento na pequena área. E respondendo em seguida, Adrian obrigou Augusto a fazer outr defesa cinematográficaem chute de longe. Mas a decisão da vaga foi mesmo decidida na "loteria" dos pênaltis, apesar do bom futebol mostrado em campo pelas duas equipes.
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