DEFENSOR-URU MARCA NOS ACRÉSCIMOS E COMPLICA O FUTURO DO CRUZEIRO NA LIBERTADORES
Diante de quase 40 mil torcedores, time brasileiro não consegue segurar vitória parcial e vê a classificação mais longe no Grupo 5 da Libertadores
A noite que parecia terminar feliz para a torcida celeste acabou com gritos de "Vergonha" no Mineirão. Diante de 40 mil pessoas (39.983 pagantes), o Cruzeiro deixou a vitória escapar no final da partida. Guerreiro, o time do Defensor-URU buscou o empate por 2 a 2 no último minuto e complicou muito a situação do time brasileiro na Libertadores.
Em jogo muito tumultuado e com uma expulsão para cada lado, ainda no primeiro tempo, Éverton Ribeiro e Júlio Baptista marcaram para a Raposa, mas o brasileiro Felipe Gedoz e Zeballos empataram para o Defensor-URU, calando o Gigante da Pampulha.
Se o objetivo era repetir a campanha de 1997, quando venceu os três últimos jogos da primeira fase e iniciou a caminhada rumo ao título, o time celeste vacilou logo no primeiro desafio. E justamente em casa, onde mostra sua força, junto com a torcida. O Cruzeiro segue com uma vitória na Libertadores e apenas quatro pontos no Grupo 5. O líder é o Universidad de Chile, próximo adversário da Raposa, com nove pontos. Os dois se enfrentam no dia 03 de abril, quinta-feira, em Santiago, no Chile. Antes disso, na terça, o Defensor-URU vai até Huancayo, no Peru, encarar o Real Garcilaso.
52 minutos de primeiro tempo
Como de costume no Mineirão, o Cruzeiro tentou colocar pressão nos primeiros minutos. Mas encontrou um Defensor-URU fechado e bem postado. Dagoberto era um dos jogadores mais acionados, e travava um duelo particular com Zeballos no lado esquerdo.
No entanto, quem teve que trabalhar primeiro foi o goleiro Fábio, em chute cruzado de Gino. O troco celeste foi de um modo inesperado: um contra-ataque. Após escanteio do Defensor-URU, Éverton Ribeiro tramou boa jogada com Ricardo Goulart, que bateu de fora da área e obrigou o goleiro adversário a mandar para escanteio.
A partir dos quinze minutos, muita catimba por parte dos uruguaios, e muito nervosismo dos brasileiros. O Cruzeiro demorou para voltar ao jogo. E quando voltou, os uruguaios continuaram eficientes em gastar tempo. Demoravam a cada cobrança de falta, provocavam, e também levavam perigo.
Após falta na entrada da área, Felipe Gedoz, que marcou em Montevidéu, foi para a cobrança e exigiu boa defesa de Fábio.
O primeiro tempo seguia tumultuado e tudo parecia caminhar como o time uruguaio esperava. Até que Dagoberto sofreu falta na entrada da área, aos 46 minutos. Com o atacante caído no chão, uma confusão se formou. Empurrão pra lá e pra cá e uma expulsão de cada lado: Nilton, pelo Cruzeiro, e o zagueiro Malvino, pelo Defensor. Depois de três minutos e muita catimba, Éverton Ribeiro cobrou e acertou o ângulo de Campaña. Cruzeiro 1 a 0, num primeiro tempo que foi até os 52 minutos.
Castigo no fim
O segundo tempo começou com modificações. Os dois técnicos recompuseram o setor defensivo, trocando um atacante por um jogador de contenção. Entraram Rodrigo Souza no lugar de Dagoberto, e Luna na vaga de Matías Alonso. O jogo ganhou outra cara, com menos catimba, mais espaço e mais jogadas de ataque. O Cruzeiro teve a primeira oportunidade logo aos quatro minutos. Lucas Silva roubou a bola e tocou para Éverton Ribeiro, que bateu para defesa de Campaña. Aos 10, Ricardo Goulart chegou em boa posição e bateu para fora. Dois minutos depois, Júlio Baptista teve outra oportunidade, mas o goleiro foi bem.
O jogo estava bom para a Raposa. O time celeste conseguia trocar passes, e o Defensor-URU não apertava a marcação. Atrás, os uruguaios ainda davam espaço. Foi disso que Júlio Baptista aproveitou.
Aos 17 minutos, ele recebeu na entrada da área, pela esquerda, cortou o zagueiro e bateu colocado, no canto. Mais um do Cruzeiro que, no entanto, teve pouco tempo para comemorar. Aos vinte minutos, a zaga celeste bateu cabeça duas vezes, primeiro com Dedé, depois com Rodrigo Souza, e Felipe Gedoz entrou livre na área e bateu por baixo de Fábio para diminuir a desvantagem uruguaia: 2 a 1.
O Cruzeiro demorou um pouco para digerir o gol. Foi levar perigo novamente após dez minutos, com Júlio Batista. E quase saiu um golaço. Após cruzamento da direita, o camisa 10 tentou um voleio e a bola passou perto. O técnico Marcelo Oliveira mexeu na equipe e tentou dar novo fôlego. Mas quem brilhou foi Arrascaeta. O camisa 10 do Defensor-URU fez grande jogada e deixou Luna na cara do gol. Fábio defendeu na primeira, mas não pôde evitar o gol de Zeballos no rebote. Gritos de "Vergonha" no Mineirão e situação complicada na Libertadores.
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