Rubro-Negro faz 2 a 0 nos reservas alvinegros, assegura primeira posição do primeiro turno e terá vantagem na fase final do Campeonato Carioca
O público era pequeno (9.348 pagantes), o que já é praxe no Carioca 2014. O troféu não estava presente. Não houve volta olímpica. Mesmo assim, o jogo valeu taça, mais uma, Guanabara, para a galeria do Flamengo. Com seus titulares, o Rubro-Negro mostrou sua força e venceu o Botafogo, todo reserva, por 2 a 0, na noite deste domingo, no Maracanã, com gols de Gabriel e Léo. Com duas rodadas de antecedência, o time flamenguista, com 34 pontos, não pode mais ser alcançado e é campeão do primeiro turno, eliminando o rival Alvinegro da disputa da semifinal.
Além de encorpar sua galeria de troféus, o Flamengo conquista importante vantagem. Jogará sempre por dois empates na fase final do Carioca, que só começará no dia 26 de março, com as semifinais. Foi a 20ª vez que o Rubro-Negro conquistou a Taça Guanabara, sendo o maior vencedor.
Para ficar com a taça neste domingo, o Fla, primeiro, contou com o tropeço do Fluminense, que empatou com o Duque de Caxias mais cedo. Depois, fez sua parte, levando a sério o clássico e escalando quase todos os titulares. Exceções foram André Santos e Elano, com dores musculares. O time dominou praticamente todo o jogo e não sofreu sustos. Na quarta, no Maracanã, às 22h, enfrentará o Bolivar, pela terceira rodada da Taça Libertadores.
- Essa conquista mostrou a força do elenco. O Botafogo se planejou da mesma forma e não venceu os jogos. Nós atuamos várias vezes com o time reserva, e vencemos a maioria das partidas - disse o goleiro Felipe após o jogo.
O Botafogo, por sua vez, adotou novamente a tática de poupar todos os titulares visando o torneio continental, pelo qual jogará na quarta-feira, às 19h45m, em Quito, contra o Independente del Valle. O time reserva, que derrotou o Fluminense por 3 a 0, desta vez foi muito mal, um retrato da equipe durante boa parte do estadual.
O Alvinegro, que teve Airton expulso no segundo tempo, é apenas o sétimo colocado, com 16 pontos, nove atrás da Cabofriense, em quarto, e não tem mais chance de classificação. Pelo estadual, os dois times cumprem tabela no próximo fim de semana. No sábado, às 18h30m, o Botafogo encara o Boavista, no Moacyrzão. No dia seguinte, às 16h, o Flamengo enfrenta o Bangu em Volta Redonda. Caneta, gol e lesão
Na estreia de sua nova camisa branca, o Flamengo se impôs desde o início e controlou todo a etapa inicial. Logo no primeiro minuto, Leonardo Moura levantou a torcida com linda caneta aplicada no estreante alvinegro Zeballos. A festa foi completa aos dez, quando Gabriel recebeu de Márcio Araújo e completou boa trama do ataque com chute rasteiro, por baixo de Helton Leite, para abrir o marcador. Um começo arrasador.
Porém, embora encontrasse enorme facilidade e não desse espaços para o Botafogo, o Flamengo diminuiu o ritmo. Leonardo Moura saiu machucado aos 20, para entrada de Leo. Hernane, por duas vezes, foi acionado pelo alto, mas perdeu de cabeça as oportunidades. O Botafogo, no entanto, não conseguiu reagir. Sem saída de bola, Henrique e Zeballos pouco foram acionados. No meio, Airton, para variar, abusou das faltas. Felipe passou todo o primeiro tempo sem fazer defesa.
Botafogo fica com dez
Na segunda etapa o camisa 1 rubro-negro, apesar da ligeira melhora do Botafogo, também pouco foi acionado. Para piorar, o Alvinegro ficou com dez, quando Airton foi expulso após dividida com Samir aos 21. O Flamengo prosseguiu controlando o jogo, mas sem se expor. Hernane, aos nove, perdeu a melhor chance, só que a cavadinha que encobriu Helton Leite foi salva por André Bahia quase em cima da linha.
Os treinadores ainda fizeram todas as substituições a que tinham direito, mas o panorama não se alterou. O estreante Zeballos atuou os 90 minutos, embora pouco tenha ameaçado. Deu um bom passe de calcanhar e um chute, sem perigo, para fora. No Flamengo, Paulinho, após bom tempo ausente, entrou, mas se atrapalhou nos poucos contra-ataques em que foi acionado. No fim, porém, Léo fez a torcida entoar pela primeira vez o grito de "campeão" ao ampliar aos 45, de perna esquerda.
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