Difícil encontrar adjetivos que classifiquem a atual fase de Leandro Damião. Talvez simplicidade defina. Em apenas três aparições no jogo deste domingo contra o Palmeiras, no Pacaembu, o centroavante do Internacional fez três gols com extrema facilidade, definiu o placar de 3 a 0, colocou o Colorado em boa condição na briga e ainda deflagrou a crise no Verdão. Acha pouco? Pois Damião chegou à espantosa marca de 40 gols na temporada 2011 – 39 pelo Inter e um pela Seleção Brasileira. O craque foi o diferencial entre um time que cresce no Campeonato Brasileiro e outro que está em queda livre.
O resultado leva o Colorado aos 35 pontos, ultrapassando o próprio Palmeiras na tabela. Em franca ascensão, os comandados de Dorival Júnior entram de vez na briga por Libertadores e podem até começar a sonhar com título - a diferença para o líder Corinthians é de oito pontos. E Damião vai com moral ainda mais elevado para a Seleção, que enfrenta a Argentina na próxima quarta-feira, em Córdoba, pelo Superclássico das Américas.
O Verdão segue com 34 pontos e cai para a oitava posição na tabela, sua pior em 23 rodadas de competição. Com apenas nove pontos conquistados nos últimos dez jogos, o time de Luiz Felipe Scolari vê a crise cada vez mais de perto. Revoltada, a torcida saiu do Pacaembu vaiando e xingando o time e seus dirigentes, principalmente o vice-presidente Roberto Frizzo.
Na próxima rodada, o Palmeiras vai a Florianópolis enfrentar o Avaí, domingo, às 16h. Já o Inter recebe o Coritiba no Beira-Rio também no domingo, mas às 18h.
Três arcos e uma flecha certeira
Dorival Júnior escalou o Inter no ataque, querendo aproveitar a boa fase do setor para o time deslanchar no Brasileirão. Mas Felipão sabia bem das intenções de seu colega e armou um forte esquema de marcação para conter os “arcos” que lançam a flecha Leandro Damião, artilheiro nato. Márcio Araújo não desgrudou de D’Alessandro, Cicinho ficou responsável por Oscar, e Gabriel Silva seguiu todos os passos de Andrezinho. Scolari usou a metáfora do arco e flecha durante a semana para ilustrar a situação diante de seu elenco.
Andrezinho é perseguido por Márcio Araújo e Luan no Pacaembu
Enquanto os meias do Inter estavam bem vigiados, o Verdão sobrou em campo. Com atuações inteligentes de Patrik e Márcio Araújo, o time abusou das tabelas e confundiu a zaga colorada. Fernandão, autor de dois gols em quatro jogos com a camisa alviverde, prendeu a atenção de Juan e Rodrigo Moledo. Assim, Vinícius teve espaço, arriscou a gol, mas parou em Muriel. As bolas paradas de Marcos Assunção tiveram o mesmo destino. No total de finalizações do primeiro tempo, deu 10 a 5 para o Palmeiras.
A torcida, longe de lotar o Pacaembu, alternava-se entre a empolgação e a preocupação. O segundo sentimento era justificável: o Verdão tem jogado melhor que os adversários nas últimas partidas, mas vacilado em momentos de decisão. E não é que o temor se confirmou? Aos 24 minutos, no primeiro descuido de marcação sobre os “arcos” colorados, Andrezinho apareceu sozinho na entrada da área e deu uma cavadinha para a flechada certeira de Leandro Damião. Com a frieza dos grandes, o camisa 9 fez o que se esperava dele: girou com rara simplicidade em cima de Henrique e deu um toquinho para as redes: 1 a 0 Inter.
Um gol que detonou o otimismo do Palmeiras. O torcedor passou a reclamar de cada passe errado ou finalização torta, e dentro de campo os mais vulneráveis sentiram isso. Patrik desapareceu, Luan perdeu um gol incrível em que atuou mais como zagueiro do que como atacante. Coube ao experiente Marcos Assunção colocar a bola no chão e acalmar os ânimos. A partir de uma bela falta que exigiu ótima defesa de Muriel, o volante conseguiu devolver o Verdão ao jogo. O time seguiu em cima, mas outro gol incrível perdido no minuto final do primeiro tempo, desta vez por Gabriel Silva, deu a noção exata do que faltava a esse time: concentração.
Hat-trick do artilheiro
O choque de Felipão no vestiário surtiu resultado, e o Palmeiras começou sufocando o rival nos primeiros dez minutos. O time voltou, trocando passes rápidos como já havia feito no primeiro tempo, mas algum detalhe ainda impede o passo seguinte, o gol, a vitória. Até na jogada que parecia perfeita, com Cicinho cruzando milimetricamente na cabeça de Vinícius, a bola faz questão de explodir no travessão e sobrar para algum jogador de vermelho. Para os de verde, não sobrava nada.
Leandro Damião comemora com os companheiros mais um gol
A torcida, longe de lotar o Pacaembu, alternava-se entre a empolgação e a preocupação. O segundo sentimento era justificável: o Verdão tem jogado melhor que os adversários nas últimas partidas, mas vacilado em momentos de decisão. E não é que o temor se confirmou? Aos 24 minutos, no primeiro descuido de marcação sobre os “arcos” colorados, Andrezinho apareceu sozinho na entrada da área e deu uma cavadinha para a flechada certeira de Leandro Damião. Com a frieza dos grandes, o camisa 9 fez o que se esperava dele: girou com rara simplicidade em cima de Henrique e deu um toquinho para as redes: 1 a 0 Inter.
Um gol que detonou o otimismo do Palmeiras. O torcedor passou a reclamar de cada passe errado ou finalização torta, e dentro de campo os mais vulneráveis sentiram isso. Patrik desapareceu, Luan perdeu um gol incrível em que atuou mais como zagueiro do que como atacante. Coube ao experiente Marcos Assunção colocar a bola no chão e acalmar os ânimos. A partir de uma bela falta que exigiu ótima defesa de Muriel, o volante conseguiu devolver o Verdão ao jogo. O time seguiu em cima, mas outro gol incrível perdido no minuto final do primeiro tempo, desta vez por Gabriel Silva, deu a noção exata do que faltava a esse time: concentração.
Hat-trick do artilheiro
O choque de Felipão no vestiário surtiu resultado, e o Palmeiras começou sufocando o rival nos primeiros dez minutos. O time voltou, trocando passes rápidos como já havia feito no primeiro tempo, mas algum detalhe ainda impede o passo seguinte, o gol, a vitória. Até na jogada que parecia perfeita, com Cicinho cruzando milimetricamente na cabeça de Vinícius, a bola faz questão de explodir no travessão e sobrar para algum jogador de vermelho. Para os de verde, não sobrava nada.
Leandro Damião comemora com os companheiros mais um gol
A postura mais defensiva do Inter ajudou a construir o panorama do jogo, praticamente um ataque contra defesa. Mas Dorival Júnior não fez isso por acaso. Mesmo resguardado lá atrás, o técnico colorado manteve seu quarteto ofensivo armado e sacou o organizador D’Alessandro para lançar o arisco Ilsinho, e apostar em uma bola de contra-ataque para definir o placar. Em uma dessas esporádicas escapadas, Damião estava sozinho para fazer o segundo gol, mas Rodrigo Moledo foi fominha e perdeu a bola.
Ricardo Bueno entrou na vaga de Vinícius, Tinga substituiu Patrik, mas na prática nada mudou. O Verdão parou em Muriel, na trave, na falta de criatividade, menos nas redes. A partir dos 30 minutos, o Inter já não queria mais jogo e colocou todo mundo em câmera lenta. Segundos preciosos para cobrar um lateral renderam cartão amarelo para Andrezinho, e outros tantos segundos renderam nova advertência ao goleiro Muriel.
Pode não ser o jeito mais bonito de se segurar o resultado, mas fato é que o Colorado cozinhou o jogo e impediu um sufoco final do rival. Fez mais: aos 37, Damião marcou mais um, fechou o placar e chegou a 12 no Brasileirão. Suficiente para a torcida ir embora do Pacaembu, praticamente vazio no apito final de Alício Pena Júnior. No último lance, o artilheiro fez seu terceiro na partida, entrando com facilidade na zaga e driblando Marcos, entrando com bola e tudo.
Resultado péssimo para o Verdão, em queda livre na tabela. Bom para os arcos e a flecha do Inter, que veem seus próximos alvos cada vez mais próximos.
Ricardo Bueno entrou na vaga de Vinícius, Tinga substituiu Patrik, mas na prática nada mudou. O Verdão parou em Muriel, na trave, na falta de criatividade, menos nas redes. A partir dos 30 minutos, o Inter já não queria mais jogo e colocou todo mundo em câmera lenta. Segundos preciosos para cobrar um lateral renderam cartão amarelo para Andrezinho, e outros tantos segundos renderam nova advertência ao goleiro Muriel.
Pode não ser o jeito mais bonito de se segurar o resultado, mas fato é que o Colorado cozinhou o jogo e impediu um sufoco final do rival. Fez mais: aos 37, Damião marcou mais um, fechou o placar e chegou a 12 no Brasileirão. Suficiente para a torcida ir embora do Pacaembu, praticamente vazio no apito final de Alício Pena Júnior. No último lance, o artilheiro fez seu terceiro na partida, entrando com facilidade na zaga e driblando Marcos, entrando com bola e tudo.
Resultado péssimo para o Verdão, em queda livre na tabela. Bom para os arcos e a flecha do Inter, que veem seus próximos alvos cada vez mais próximos.
Próximos jogos
Os dois times voltam a campo no próximo domingo, pela 24ª rodada do Brasileirão. O Palmeiras enfrenta o Avaí, às 16 horas, no Estádio da Ressacada, enquanto o Internacional recebe o Coritiba, às 18 horas, no Estádio Beira-Rio.
O que rolou de melhor no Pacaembu
Os gols de Palmeiras 0 x 3 Inter
Palmeiras | 0 | x | 3 | Internacional |
Palmeiras
Marcos;
Cicinho (Chico), Thiago Heleno, Henrique e Gabriel Silva;
Márcio Araújo, Marcos Assunção, Patrik (Tinga) e Luan;
Vinícius (Ricardo Bueno) e Fernandão.
Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Internacional
Muriel;
Nei, Rodrigo Moledo, Juan e Kleber;
Elton, Sandro Silva (Bolatti), Andrezinho (Fabrício), Oscar e D'Alessandro (Ilsinho);
Leandro Damião.
Técnico: Dorival Júnior.
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