Um ponto que não empolga. Um ponto que dá alívio. Um ponto que acalma crise. Um ponto que dá liderança provisória. O empate por 0 a 0 entre São Paulo e Corinthians, na noite desta quarta-feira, no Morumbi, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, pode ser visto como bom ou ruim para os dois. Depende do ponto de vista.
Os são-paulinos, que encheram o Morumbi com 44.631 pagantes e uma renda de R$ 1.282.520, veem o time na liderança provisória, com 45 pontos e saldo superior ao do Vasco. Por outro lado, os cariocas podem abrir três pontos de vantagem se baterem o Atlético-GO nesta quinta-feira, em São Januário.
Para os corintianos, que durante a semana sofreram com protestos da torcida e com o corte do capitão Chicão, o empate acalma a crise. Mas não resolve a complicada situação do time, que soma 44 pontos e pode perder o terceiro lugar caso o Botafogo passe pelo Grêmio nesta quinta-feira.
O São Paulo foi melhor no clássico. Teve mais posse de bola, criou mais e chutou mais. Parou, porém, no excessivo número de impedimentos: foram 12, contra apenas dois do adversário. O Corinthians, tímido demais para um candidato ao título, apenas se defendeu e tentou explorar os contra-ataques e as bolas aéreas.
São Paulo e Corinthians voltam a campo pelo Campeonato Brasileiro no próximo domingo, às 16h. A equipe tricolor viaja ao Rio de Janeiro para encarar o Botafogo, no Engenhão. Já o time alvinegro recebe o Bahia, no estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Festival de impedimentos
O suspense em relação à presença ou não de Luis Fabiano aumentou o clima de decisão do jogo. O atacante do São Paulo, no entanto, ficou fora, embora tenha ido com a delegação ao Morumbi. Outro detalhe deixou claro o ambiente tenso: a movimentação dos técnicos à beira do gramado.
Tanto Tite quanto Adilson Batista mantiveram-se o tempo todo na área técnica.
São Paulo e Corinthians voltam a campo pelo Campeonato Brasileiro no próximo domingo, às 16h. A equipe tricolor viaja ao Rio de Janeiro para encarar o Botafogo, no Engenhão. Já o time alvinegro recebe o Bahia, no estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Festival de impedimentos
O suspense em relação à presença ou não de Luis Fabiano aumentou o clima de decisão do jogo. O atacante do São Paulo, no entanto, ficou fora, embora tenha ido com a delegação ao Morumbi. Outro detalhe deixou claro o ambiente tenso: a movimentação dos técnicos à beira do gramado.
Tanto Tite quanto Adilson Batista mantiveram-se o tempo todo na área técnica.
Deram orientações, gritaram, reclamaram, jogaram com seus times... Mas os tricolores pareciam em melhor sintonia com seu comandante. Não à toa, o domínio da primeira etapa foi dos donos da casa.
Só que o São Paulo parou na trave, em cabeçada de Casemiro, aos 43 minutos, na falta de pontaria de Piris no rebote, no fraco chute de Lucas, aos 32, e nos oito impedimentos que teve (o Corinthians não teve nenhum). De qualquer maneira, mostrou um futebol mais consistente do que o do rival.
Ceni voa e segura a bola: Timão apostou em jogadas aéreas
Pressionado pelos recentes maus resultados e também pela onda de protestos da torcida, o Corinthians pouco fez na etapa inicial. Chegou a equilibrar a partida dos 15 aos 30 minutos, mas nada produziu de especial. Ameaçou o gol de Rogério Ceni apenas nas bolas alçadas na área em escanteios e faltas.
Melhor, o São Paulo ainda teve uma ótima chance no minuto final da primeira parte. Após boa jogada de Wellington pela esquerda, Piris deu belo drible na grande área e bateu em cima da zaga. Para provar a superioridade tricolor, os números de finalização: foram sete dos anfitriões contra apenas uma dos visitantes.
Também no primeiro tempo, aos 28 minutos, o Corinthians sofreu uma baixa: Leandro Castán, com um problema na perna esquerda, deu lugar a Fábio Santos, chamado às pressas para compor o banco de reservas - o lateral-esquerdo alvinegro está em fase final de recuperação de uma fratura na clavícula.
Cautela demais
E o segundo tempo começou com... impedimento para o São Paulo. Sem qualquer alteração dos dois lados, o Tricolor deixou clara a sua estratégia: explorar a velocidade de Lucas. Mas, vez ou outra, parava de novo no seu principal inimigo no clássico: os impedimentos. Em menos de dez minutos, foram três.
Cautela demais
E o segundo tempo começou com... impedimento para o São Paulo. Sem qualquer alteração dos dois lados, o Tricolor deixou clara a sua estratégia: explorar a velocidade de Lucas. Mas, vez ou outra, parava de novo no seu principal inimigo no clássico: os impedimentos. Em menos de dez minutos, foram três.
O Corinthians, menos vulnerável do que no primeiro tempo, apostava apenas nos contra-ataques e esperava algum erro do adversário. Tite, assim como o são-paulino Adilson, continuava a gritar na beira do campo. Mas as instruções de ambos os lados pareciam não acabar com a morosidade da partida.
Diferentemente do primeiro tempo, o São Paulo não conseguia fazer prevalecer seu toque de bola. A prova disso foi que, na ausência de jogadas criativas, os chutões viraram arma. O Corinthians, por sua vez, também não fazia nada demais. Tentava, como na etapa inicial, jogadas de bola aérea. E só.
Willian tenta vencer marcação de Rhodolfo
Foi numa dessas tentativas, aos 29 minutos, que o Timão criou sua melhor chance na partida. Fábio Santos cruzou da esquerda, e Emerson, da pequena área, cabeceou por cima do gol de Rogério Ceni. O lance ocorreu em um raro momento de desinibição do Corinthians, cauteloso demais no clássico.
Mais time durante os 90 minutos, o São Paulo bem que tentou articular melhor o jogo com a entrada de Rivaldo, mas a falta de pontaria e a atuação segura da defesa do Corinthians impediram um resultado melhor. Por fim, um ponto para cada lado. Nem empolgação demais e nem crise demais.
São Paulo | 0 | x | 0 | Corinthians |
SÃO PAULO 0 X 0 CORINTHIANS
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 21 de setembro de 2011, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Público: 44.631 pagantes (44.950 total)
Renda: R$ 1.282.520,00
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP)
Assistentes: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Altemir Hausmann (Fifa-RS)
Cartões amarelos: Casemiro (São Paulo); Paulinho e Emerson (Corinthians)
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Piris (Rodrigo Caio), João Filipe, Rhodolfo e Juan; Wellington, Carlinhos Paraíba, Casemiro e Cícero (Rivaldo); Lucas e Dagoberto (Marlos)
Técnico: Adilson Batista
CORINTHIANS: Julio Cesar; Alessandro, Wallace, Paulo André e Leandro Castán (Fábio Santos); Ralf, Paulinho e Alex (Jorge Henrique); Willian, Emerson e Liedson (Danilo)
Técnico: Tite
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