A acirrada disputa pelo título do Brasileirão promete ganhar ainda mais ingredientes de emoção nas últimas 14 rodadas. Em um clássico que confrontou determinação e talento, o Santos venceu o Corinthians por 3 a 1, de virada, no Pacaembu, e colocou fogo no campeonato. Liedson abriu o placar, e Henrique, o artilheiro Borges - que agora tem 17 gols - e Alan Kardec fizeram para o clube do litoral. Os torcedores corintianos cobraram raça nos minutos finais do jogo e depois pediram a demissão do técnico Tite.
O campeão paulista e da Libertadores confirma a sua recuperação na tabela e vê renascer a esperança de levar para a Vila Belmiro seu terceiro troféu em 2011. Soma 32 pontos e tem dois jogos a menos do que a maioria dos concorrentes - ainda enfrenta o Grêmio, no Olímpico, e o Botafogo, em casa. Antes disso, na quarta-feira, visita o lanterna América-MG, às 20h30m, em Uberlândia.
O resultado negativo derruba o Corinthians da primeira colocação depois de 17 rodadas consecutivas. Está para o terceiro lugar, com 43 pontos, um a menos do que o São Paulo - seu próximo adversário, às 21h50m de quarta-feira, no Morumbi - e dois atrás do Vasco, o novo líder.
O placar põe fim a outra série: o Corinthians vinha de uma invencibilidade de 17 clássicos no Pacaembu - o último revés havia sido em 2006, quando perdeu por 3 a 0 para o mesmo Santos. Esta foi primeira vitória da geração Neymar sobre o Timão no mais tradicional estádio paulistano.
Nos acréscimos da partida, houve um susto. O meia Alex desmaiou ao bater a cabeça no joelho esquerdo de Danilo, do Santos, e precisou ser retirado do gramado por uma ambulância.
Iguais nas chances e nos gols
O placar de 1 a 1 foi pouco pelo que fizeram Corinthians e Santos nos primeiros 45 minutos. Se Muricy Ramalho apostou no talento refinado da estrela Neymar para carregar o Peixe no campo inimigo, Tite fez valer o empenho tático e a garra de seus jogadores para o Timão responder com um futebol menos vistoso, mas de muita eficiência.
O início de jogo foi dos visitantes. Com apenas 50 segundos, Neymar já havia criado a primeira grande chance, que Chicão salvou em finalização de Ibson. O Santos só não contava com o dia ruim de seu jogador mais experiente: Léo. Mal na marcação, o lateral se transformou na arma de que o Corinthians precisava para responder. Aos 12, após boa jogada de Emerson e Alessandro, que apareceu como homem surpresa no lado esquerdo do ataque, Liedson aproveitou cruzamento que o lateral santista não conseguiu afastar e marcou o 20º gol dele na temporada.
Artilheiro com 17 gols, Borges comemora ao lado de Ibson
A tarde serviu também para Julio Cesar ganhar moral em sua eterna luta pela confiança da torcida corintiana. Não fosse por ótima defesa dele no canto esquerdo, Edu Dracena teria empatado de cabeça logo no reinício do jogo. Dois minutos depois, o camisa 1 voltou a aparecer ao parar o grandalhão Alan Kardec, também pelo alto.
O Corinthians passou a controlar o jogo quando corrigiu a marcação. Alex se transformou em um volante pela esquerda para segurar as descidas de Danilo, enquanto Emerson fechou o meio para impedir a saída rápida dos volantes santistas. Pouco abastecido, Neymar sumiu, e o Timão quase ampliou. Liedson carimbou o travessão em lindo chute com efeito de fora da área, e Willian parou em Rafael, no ângulo esquerdo.
No momento em que era melhor, o Corinthians voltou a cometer os erros defensivos que atormentam Tite nas últimas rodadas e permitiu o empate. Neymar bateu escanteio, a bola passou por toda a defesa e sobrou para o volante Henrique, livre, bater rasteiro, sem chances para Julio Cesar.
Peixe vira, e crise volta a rondar o Timão
O Santos voltou melhor para o segundo tempo. A velocidade imposta pelo setor ofensivo abriu a defesa do Corinthians, mas encontrou Julio Cesar. Assim como na etapa inicial, o goleiro fez duas grandes defesas em chutes de Alan Kardec e Neymar. A cota de milagres, porém, acabou aos oito minutos. Após cruzamento da direita, o artilheiro Borges se antecipou a Leandro Castán e virou o jogo. O Peixe ainda poderia ter feito o terceiro pouco depois quando Alan Kardec chutou para fora em lance sem marcação na área.
O Corinthians passou a controlar o jogo quando corrigiu a marcação. Alex se transformou em um volante pela esquerda para segurar as descidas de Danilo, enquanto Emerson fechou o meio para impedir a saída rápida dos volantes santistas. Pouco abastecido, Neymar sumiu, e o Timão quase ampliou. Liedson carimbou o travessão em lindo chute com efeito de fora da área, e Willian parou em Rafael, no ângulo esquerdo.
No momento em que era melhor, o Corinthians voltou a cometer os erros defensivos que atormentam Tite nas últimas rodadas e permitiu o empate. Neymar bateu escanteio, a bola passou por toda a defesa e sobrou para o volante Henrique, livre, bater rasteiro, sem chances para Julio Cesar.
Peixe vira, e crise volta a rondar o Timão
O Santos voltou melhor para o segundo tempo. A velocidade imposta pelo setor ofensivo abriu a defesa do Corinthians, mas encontrou Julio Cesar. Assim como na etapa inicial, o goleiro fez duas grandes defesas em chutes de Alan Kardec e Neymar. A cota de milagres, porém, acabou aos oito minutos. Após cruzamento da direita, o artilheiro Borges se antecipou a Leandro Castán e virou o jogo. O Peixe ainda poderia ter feito o terceiro pouco depois quando Alan Kardec chutou para fora em lance sem marcação na área.
A pressão que a torcida do Corinthians esperava não aconteceu. Muricy usou toda a sua especialidade em montar bons sistemas defensivos para trancar o Santos e impedir muitos sustos. O Timão só ganhou fôlego aos 21, quando Henrique foi expulso. Não conseguiu encurralar o adversário, mas passou a dominar o jogo.
Alex, em cobrança de falta muito perigosa, e Liedson, cabeceando na pequena área, tiveram boas oportunidades para empatar. O golpe fatal veio aos 35, exatamente nos espaços dados pela ofensividade corintiana. Alan Kardec disparou pela direita e cruzou rasteiro. A bola desviou em Chicão e entrou. Felipe Anderson poderia ter transformado a vitória em goleada se não tivesse errado um toque de cobertura de frente para o goleiro rival.
Emerson briga com a marcação no Pacaembu
Emerson briga com a marcação no Pacaembu
No fim, a paciência da torcida corintiana acabou. Os gritos de incentivo deram lugar a cânticos de ameaça aos jogadores, pedidos de raça e demissão do técnico Tite. O clima ficará quente até, pelo menos, o clássico contra o São Paulo. Do lado santista, em meio aos gritos de “olé”, torcedores entraram em confronto com policiais. Alguns ficaram feridos e precisaram de atendimento médico. O Pacaembu teve público de 34.308 pagantes, com renda de R$ 1.178.406.
Próximos jogos
O Corinthians volta a campo na próxima quarta-feira e faz mais um clássico diante do São Paulo, às 21h50, no Estádio do Morumbi, pela 25ª rodada do Brasileirão. No mesmo dia, mas às 20h30, o Santos encara o América-MG, no Estádio João Havelange, em Uberlândia.
Corinthians 1 x 3 Santos
Corinthians | 1 | x | 3 | Santos |
Local: Estádio Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 18 de setembro de 2011, domingo
Horário: 16 horas (horário de Brasília)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP)
Assistentes: Herman Brumel Vani e Rogério Pablos Zanardo (ambos de SP)
Público: 34.308 pagantes (total de 37.315)
Renda: R$ 1.178.406,00
Cartões amarelos: Ralf (Corinthians); Henrique (Santos)
Cartão vermelho: Henrique (Santos)
Gols: CORINTHIANS: Liedson, aos 12 minutos do primeiro tempo; SANTOS: Henrique, aos 37 minutos do primeiro tempo; Borges, aos 9, e Alan Kardec, aos 35 minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Julio Cesar; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Ramon (Welder); Ralf (Danilo), Paulinho e Alex; Willian (Jorge Henrique), Emerson e Liedson
Técnico: Tite
SANTOS: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Henrique e Ibson (Pará); Alan Kardec, Borges (Felipe Anderson) e Neymar (Bruno Rodrigo)
Técnico: Muricy Ramalho
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