Cheio de desfalques, time santista esteve irreconhecível, mas o camisa 8 jogou por todos. Macaca foi bem melhor, mas segue sem vencer em casa
Parecia que tudo daria errado para o Santos. Muitos desfalques, uma escalação confusa, vários jogadores fora de posição sem saber direito o que fazer. Para completar, o time ainda passou a maior parte do segundo tempo com um a menos, pois o goleiro Rafael foi expulso aos nove minutos. Só que o Peixe tem Elano, que jogou por todos e aliviou as coisas para o Alvinegro, com um gol e uma bela assistência. Com isso, apesar de a Ponte Preta ter jogado melhor, o time da Vila Belmiro conseguiu arrancar um empate em Campinas, nesta quarta-feira à noite: 2 a 2. Maikon marcou o segundo gol santista e segue dividindo a ponta da tabela de goleadores do estadual com Elano, ambos com seis tentos.
Com o resultado, o Peixe foi a 14 pontos e continua invicto (quatro vitórias e dois empates). Se o Palmeiras não vencer o Mirassol nesta quarta, o Alvinegro Praiano seguirá na liderança da competição. Já a Ponte Preta, que ainda não conseguiu vencer em casa no estadual, tem oito pontos. Está na sétima posição.
Com Elano, não tem confusão
Elano foi fundamental para que o Santos não perdesse sua invencibilidade
O Santos entrou em campo com uma escalação bastante modificada. Além dos desfalques já conhecidos (Jonathan, Ganso e Arouca, machucados; Neymar, Alan Patrick, Danilo e Alex Sandro, servindo à Seleção Brasileira sub-20), o técnico Adilson Batista resolveu poupar o lateral-esquerdo Léo, o volante Adriano e o zagueiro Edu Dracena, que se queixaram de dores antes da partida. Com isso, escalou um time cheio de improvisações. Era tanto jogador fora de posição que o Peixe esteve totalmente confuso em campo. Deu a impressão que nem os atletas escalados entenderam direito o que deveriam fazer.
A Ponte Preta, que não tinha nada com isso, ganhou o meio de campo. Aliás, o time dirigido por Gilson Kleina também estava cheio de desfalques: sete ao todo. A ordem de Adilson Batista era bloquear o meia Renatinho, principal articulador de jogadas da Macaca. O problema é que seus comandados não souberam o que fazer quando os volantes da equipe de Campinas saíram para o jogo. Mancuso e Gil dominaram o espaço e se aproveitaram da grande confusão em que se transformou o time santista. O zagueiro Bruno Aguiar começou na lateral-direita. Passou à esquerda, depois para o meio. Anderson Carvalho, que é volante e iniciou a partida em sua posição, foi deslocado para a esquerda. Pará corria de um lado para o outro sem saber a quem marcar.
O gol da Ponte era apenas uma questão de tempo. Aos 23, Mancuso recebeu livre pela direita. Não havia ninguém posicionado na lateral esquerda do Santos. O volante teve tempo para caprichar no cruzamento e achou Rômulo livre na área. O atacante só escorou de cabeça. Foi o primeiro gol da Macaca em seu estádio neste Paulistão. O Peixe ficou ainda mais perdido com a desvantagem. Aos 27, Gil aproveitou-se de rebote da defesa e mandou uma bomba que raspou o travessão.
Adilson, à beira do campo, se esgoelava tentando dar um jeito no seu time. Foi aí que apareceu o craque. Elano recebeu a bola na meia esquerda, tentou a jogada individual e foi derrubado dentro da meia lua. Falta. O goleiro Bruno armou a barreira. Experiente, o meia do Peixe passou a reclamar com o juiz, dizendo que os adversários estavam muito próximos. Foi caminhando em direção à bola, devagar. Não deu pinta de que bateria a falta, pois ainda apontava para a barreira, discutindo com o juiz. De repente, com um leve toque, ele encobriu todo mundo e empatou a partida, aos 40 minutos.
Com um a menos, Peixe arranca empate.
O gol no fim do primeiro tempo não melhorou muito as coisas para o Santos. A Ponte Preta continuou em cima no segundo tempo, sufocando o Peixe, não deixando a equipe alvinegra sair de seu campo. Aos nove minutos, Rômulo recebeu cruzamento da direita, dentro da área, driblou Rafael e foi derrubado. O juiz marcou pênalti e ainda expulsou o goleiro santista. Aos 12, Renatinho bateu bem, sem chances para o Vladimir, que entrou para suprir a saída de Rafael (o volante Anderson Carvalho foi sacrificado).
A Ponte continuou dominando a posse de bola, encurralando o Santos, que seguia confuso. Gil acertou dois chutes da meia direita que passaram raspando a trave direita de Vladimir. Ao Peixe, restava se segurar para tentar explorar o contra-ataque. A sorte da equipe alvinegra é que Elano voltou ao Brasil tinindo. Aos 40, quando o Peixe era mais ameaçado, ele arrancou do meio para a esquerda, levando dois marcadores, e deu um lindo passe de calcanhar para Maikon Leite. O atacante invadiu a área em grande velocidade e tocou na saída do goleiro Bruno. Estava empatada a partida.
Próximos jogos
A Ponte Preta volta a jogar na próxima quarta-feira, às 19h30m, contra o Linense, em Campinas. Já o Santos, o sábado, pega o Santo André, às 19h30m, no Pacaembu.
Bruno; Eduardo Arroz, Leandro Silva, Ferron e Uendel (Renan); Mancuso, Gil, Renatinho (Ricardinho), Válber e Gerson; Rômulo | Rafael, Bruno Aguiar (Felipe Anderson), Bruno Rodrigo, Durval e Pará, Possebon, Anderson Carvalho (Vladimir), Elano e Robson; Maikon Leite e Keirrison (Tiago Alves) |
Técnico: Gilson Kleina | Técnico: Adilson Batista |
Gols: Rômulo, aos 23, Elano, aos 40 minutos do primeiro tempo; Renatinho, aos 12, Maikon, aos 40 minutos do segundo tempo | |
Cartões amarelos: Rodrigo Possebon, Elano (Santos), Valber, Eduardo Arroz, Renatinho (Ponte Preta) | |
Cartão vermelho: Rafael (Santos) | |
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira. Auxiliares: David Botelho Barbosa eTatiane Sacilotti dos Santos Camargo. Assistentes adicionais: Vinicius Furlan e Thiago Silva Egidio |
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