Eliminado na Taça GB e já com um tropeço em casa na Libertadores, time precisa vencer para reencontrar as águas tranquilas do i nício de 2011
A Libertadores ainda está em sua segunda rodada, mas no Fluminense o clima já é de decisão. Depois de tropeçar no Argentinos Juniors na estreia (empate por 2 a 2), o Tricolor recebe o Nacional, do Uruguai, nesta quarta, às 21h50m (de Brasília), no Engenhão, pelo Grupo 3, em partida onde vencer é mais do que um desejo, é quase uma obrigação.
Eliminado precocemente da Taça Guanabara pelo modesto Boavista, em semifinal disputada no último sábado, o Flu está no limite da crise. A cada dia que passa, as entrevistas são mais escassas e os recorrentes problemas de lesão tornam o clima ainda mais tenso para o compromisso diante dos uruguaios. Desta vez, Fred novamente é o desfalque. Ausente na estreia por ter que cumprir suspensão, ele lesionou a panturrilha esquerda e foi vetado. Seu substituto ainda é um mistério, assim como a escalação de Rafael Moura, que sente dores na região lombar.
O lado bom é que o adversário também não vive dias tranquilos. Derrotado na estreia diante do América do México, o Nacional não vence há duas rodadas no Campeonato Uruguaio e também chega pressionado.
A arbitragem da partida está sob o comando do paraguaio Carlos Amarilla, auxiliado pelos compatriotas Nicolas Yegros e Milcíades Saldivar. O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partida em Tempo Real e a TV Globo transmite a partida ao vivo para a rede, com exceção dos estados de SP, PI, PE, SC, RS e as cidades de Belo Horizonte, Varginha, Cel. Fabriciano e Montes Claros-MG.
Fluminense: depois de empatar por 2 a 2 na estreia diante do Argentinos Juniors, também em casa, e ser eliminado pelo modesto Boavista na semifinal da Taça Guanabara, o Fluminense joga pela vitória e contra a crise. Um tropeço diante do torcedor complicará a vida da equipe na fase de grupos da Libertadores e aumentará bastante a pressão.
Nacional: tricampeão da competição continental (1971, 80 e 88), o Nacional foi derrotado pelo América do México, fora de casa, na estreia por 2 a 0, e também precisa vencer para espantar a má fase. Isso porque também não vem bem no Campeonato Uruguaio, com empate por 1 a 1 com o Wanderes e derrota por 2 a 1 para o Fênix nas últimas duas rodadas.
Fluminense: Muricy Ramalho tem problemas para escalar a equipe. Já sem Deco e Emerson desde o início da competição, o treinador perdeu mais uma estrela para o compromisso contra os uruguaios: Fred, que já não entrou em campo na estreia por estar suspenso, sofreu uma lesão na panturrilha esquerda diante do Boavista e está vetado. Rodriguinho, provável substituto, também está fora por um problema na coxa direita, e o trio Tartá, Willians e Araújo disputa uma vaga entre os titulares. Rafael Moura, que sente dores na região lombar, é dúvida, mas deve ser liberado para entrar em campo. A tendência é que o Tricolor inicie a partida com Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Diguinho, Marquinho e Conca; Araújo (Tartá ou Willians) e Rafael Moura.
Conca tenta reencontrar o seu bom futebol nesta
quarta
Nacional: o time uruguaio aposta no esquema 4-3-3. No ataque, o time conta com os velozes Bruno Fornaroli, que veio por empréstimo do Sampdoria, da Itália, e Nicolas Vigneri nas pontas, com Richard Porta, australiano naturalizado uruguaio, centralizado. Apesar de os últimos resultados não terem sido favoráveis, a zaga é um dos pontos fortes do time. Além de contar com o experiente Alejandro Lembo, que disputou a Copa do Mundo de 2002, tem os jovens Sebastián Coates, pretendido pelo São Paulo, e o brasileiro Gabriel Marques entre os destaques. A provável escalação é Leonardo Burián; Gabriel Marques, Alejandro Lembo, Sebastián Coates e Christian Nuñez; Facundo Píriz, Maurício Pereyra e Matías Cabrera; Bruno Fornaroli, Nicolas Vigneri e Richard Porta.
Fluminense: craque do Brasileirão de 2010, Darío Conca ainda não conseguiu repetir as boas atuações na atual temporada. Após desperdiçar pênalti na semifinal da Taça GB contra o Boavista, o argentino tem a oportunidade de dar a volta por cima no jogo mais importante do ano até o momento.
Nacional: apontado como grande revelação em seu país, o zagueiro Sebastián Coates, pretendido pelo São Paulo, é a aposta uruguaia para segurar o poder ofensivo do Flu.
Marquinho (apoiador do Flu): "Temos a noção exata de que se não vencermos pelo menos esse jogo, não vamos manter essa parceria com o torcedor, que cobra bastante e tem o direito. Sabemos que precisamos das vitórias, ainda mais na Libertadores. Precisamos ganhar de qualquer jeito em casa e pensar só na classificação."
Gabriel Marques (zagueiro do Nacional): "Será uma partida muito difícil. Eles vão para cima, mas também vamos atacar, não vamos ficar esperando, pois precisamos da vitória. Ainda assim, o empate é muito bom também."
* Esta é a primeira vez que o Fluminense encara uma equipe uruguaia na história da Taça Libertadores da América.
* Contra estrangeiros nesta competição, o Tricolor carioca já conquistou 11 vitórias, quatro empates e foi derrotado em seis oportunidades. O Flu já encarou, além de brasileiros, venezuelanos, argentinos, paraguaios, colombianos e equatorianos.
* Fluminense e Nacional já se enfrentaram sete vezes na história. Os uruguaios levam vantagem no retrospecto, com quatro vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Além disso, marcaram 14 gols e sofreram nove.
Fluminense e Nacional jogaram pela última vez em 27 de maio de 1972, e os uruguaios venceram por 2 a 1. O único triunfo tricolor no confronto aconteceu em 11 de agosto de 1949, 2 a 1, nas Laranjeiras.
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