Uma falta fez o Maracanã inteiro se silenciar. O tempo pareceu parar. Expectativa. Tensão. Nas arquibancadas, as mãos dos torcedores rubro-negros tremulavam. Sob o olhar de Zagallo, a bola viajou. Ganhou uma trajetória improvável. Mas encontrou o rumo e entrou no único lugar possível fora do alcance do goleiro Helton. Um momento épico.
Inacreditável.
Inesquecível. E o dia 27 de maio de 2001 entrava para a história. O sérvio Dejan Petkovic, que por pouco não jogou aquela partida, também.
O GLOBOESPORTE.COM preparou um documentário exclusivo sobre este capítulo brilhante da história do Flamengo. São 9m29s capazes de fazer os rubro-negros viajarem no tempo. Petkovic, Zagallo, Edílson, Joel Santana e Fabiano Eller recordam daquele momento marcante do futebol brasileiro.
Final de 2001 foi a derrota mais dolorosa de Joel
Dez anos se passaram. Mas as lembranças e as emoções parecem permanecer fortes nos principais personagens daquele lance.
- Era uma fracção de segundo para ganhar ou não o tricampeonato. E estava tudo nos pés do Pet. O inacreditável aconteceu... - lembra Zagallo.
Zagallo relembra emoção do gol de falta aos 43
- Era uma fracção de segundo para ganhar ou não o tricampeonato. E estava tudo nos pés do Pet. O inacreditável aconteceu... - lembra Zagallo.
Zagallo relembra emoção do gol de falta aos 43
- Quando eu olhei a bola saindo eu pensei: vai.
Ela (a bola) tomou aquela energia pela vibração da torcida. Todo mundo acreditou que poderia ser gol - disse Petkovic.
- Não tinha mais o que fazer, sinceramente - admite Helton.
- Quando Deus quer as coisas, não tem jeito - lamenta Fabiano Eller.
"Aos 43", um documentário exclusivo do GLOBOESPORTE.COM.
Ela (a bola) tomou aquela energia pela vibração da torcida. Todo mundo acreditou que poderia ser gol - disse Petkovic.
- Não tinha mais o que fazer, sinceramente - admite Helton.
- Quando Deus quer as coisas, não tem jeito - lamenta Fabiano Eller.
"Aos 43", um documentário exclusivo do GLOBOESPORTE.COM.
Locutores lembram curiosidades envolvendo o gol do tri
Locutores lembram curiosidades envolvendo o gol de Petkovic
Luís Roberto, Luiz Carlos Júnior e José Carlos Araújo contam em detalhes os momentos que ainda emocionam a torcida rubro-negra
Há exatos dez anos, uma cobrança de falta, aos 43 minutos do segundo tempo, mudou o rumo de uma partida, deu um tricampeonato estadual ao Flamengo, transformou um sérvio em ídolo e emocionou milhares de pessoas que contemplaram o feito. Os torcedores rubro-negros nunca se cansam de assistir àquele lance, protagonizado por Petkovic e que deu a vitória por 3 a 1 sobre o
Luís Roberto, Luiz Carlos Júnior e José Carlos Araújo contam em detalhes os momentos que ainda emocionam a torcida rubro-negra
Há exatos dez anos, uma cobrança de falta, aos 43 minutos do segundo tempo, mudou o rumo de uma partida, deu um tricampeonato estadual ao Flamengo, transformou um sérvio em ídolo e emocionou milhares de pessoas que contemplaram o feito. Os torcedores rubro-negros nunca se cansam de assistir àquele lance, protagonizado por Petkovic e que deu a vitória por 3 a 1 sobre o
Sérvio saiu da concentração por salários atrasados
Vasco em 2001. E cada narração daquele gol reserva uma história diferente não só para o público, como também para os próprios locutores.
Luís Roberto, Luiz Carlos Júnior e José Carlos Araújo contam a seguir como viveram aquele domingo: os momentos antes da cobrança de falta e a narração do gol e do título rubro-negro
Luís Roberto, da TV Globo: 'Em cobrança de falta, a pessoa para em casa e vê'
- Na chegada ao Maracanã, vi uma pessoa com um cartaz onde estava escrito 3 a 1. Provavelmente tinha cartazes de todos os placares, mas o que eu vi foi aquele, com o 3 a 1, e fiquei com isso na cabeça. O jogo se desenvolveu de uma forma muito legal para narração. Por ser um gol de falta, de bola parada, a jogada é configurada e dificilmente o locutor vai errar. E em cobranças de falta, de pênalti, a pessoa em casa para e vê. É um gol sem ruído. A nossa cabine era bem daquele lado, de frente para onde o Pet se jogou no gramado. Lembro-me do Zagallo indo comemorar... O mais legal é o delírio. O Maracanã já tremia mesmo, era normal, mas foi um frisson. O gol entrou para a história. Em proporções, talvez aquele gol tenha marcado mais que o do Angelim, no título brasileiro (em 2009).
Luís Roberto, Luiz Carlos Júnior e José Carlos Araújo contam a seguir como viveram aquele domingo: os momentos antes da cobrança de falta e a narração do gol e do título rubro-negro
Luís Roberto, da TV Globo: 'Em cobrança de falta, a pessoa para em casa e vê'
- Na chegada ao Maracanã, vi uma pessoa com um cartaz onde estava escrito 3 a 1. Provavelmente tinha cartazes de todos os placares, mas o que eu vi foi aquele, com o 3 a 1, e fiquei com isso na cabeça. O jogo se desenvolveu de uma forma muito legal para narração. Por ser um gol de falta, de bola parada, a jogada é configurada e dificilmente o locutor vai errar. E em cobranças de falta, de pênalti, a pessoa em casa para e vê. É um gol sem ruído. A nossa cabine era bem daquele lado, de frente para onde o Pet se jogou no gramado. Lembro-me do Zagallo indo comemorar... O mais legal é o delírio. O Maracanã já tremia mesmo, era normal, mas foi um frisson. O gol entrou para a história. Em proporções, talvez aquele gol tenha marcado mais que o do Angelim, no título brasileiro (em 2009).
Luiz Carlos Júnior, do SporTV: 'Paravam ao meu lado e diziam 'reza Alessandro''
- Eu sabia que o Pet batia bem. Você sente que o lance é perigoso, e a sensação era de que dificilmente teria outra chance como aquela. Podia ser o momento do título tanto para o Flamengo como para o Vasco. Foi um gol histórico.
- Eu sabia que o Pet batia bem. Você sente que o lance é perigoso, e a sensação era de que dificilmente teria outra chance como aquela. Podia ser o momento do título tanto para o Flamengo como para o Vasco. Foi um gol histórico.
'Muitos craques não têm momento como aquele'
Tornou-se um dos mais emocionantes que já narrei. A narração é uma coisa muito no reflexo, vai da nossa sensibilidade do momento. Não é nada premeditado, você simplesmente vai e faz. Geralmente falo primeiro o nome do time e logo em seguida o nome do jogador. Mas, naquele gol, fiz uma pequena pausa antes de falar o nome do Pet. Isso acabou deixando o ritmo um pouco diferente e ficou só a torcida de fundo. Ao longo dos anos essa narração foi muito acessada no Youtube e, se não me engano, o vídeo na internet começa comigo falando “reza Alessandro”. E durante muito tempo as pessoas paravam ao meu lado e diziam “reza Alessandro” e “que golaço do Pet”. Mas eu não me lembrava da minha narração e não associava uma coisa a outra. Um dia resolvi perguntar e a pessoa me explicou que estava repetindo a forma como narrei aquele gol.
José Carlos Araújo, da Rádio Globo: 'Nessa hora a gente extravasa, extrapola'
- Eu me lembro do Pet colocando a bola no ângulo esquerdo, o Helton ainda tocando na bola... Por ser quase no fim, a expectativa é maior do que se fosse no início de um tempo, e ficou marcado por isso. Não era como o gol mil do Pelé, que o Waldir Amaral se preparou para narrar. Foi um negócio surpreendente, podia dar tanto para um lado como para o outro. Nessa hora a gente extravasa, extrapola... É o que a torcida espera da gente nesse momento. A torcida que conduz a transmissão. Mas naquele momento você não está torcendo, você é apenas um instrumento para transmitir a emoção do lance. (Os últimos minutos) eram praticamente de ovação, comemoração... Como se já tivesse acabado naquele momento (da falta).
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