Neymar dá uma de locutor e narra próprio gol da final
Não bastava fazer o gol, tinha que narrar. Após a conquista da Libertadores 2011, o irreverente Neymar aprontou mais uma: narrou o lance que abriu caminho para a vitória do Santos sobre o Peñarol por 2 a 1 .
No calor da comemoração do terceiro título sul-americano do Peixe, o atacante relembrou a tabela entre Arouca e Ganso que acabou com sua conclusão para o fundo da rede da equipe uruguaia.
Com apenas 19 anos, Neymar se transformou em um dos principais jogadores do do Alvinegro Praiano, desde a "era Pelé". Com seis gols marcados ao longo da competição, o camisa 11 deixou o Pacaembu com o posto de vice-atilheiro, sendo superado apenas por Wallyson (Cruzeiro) e Nanni (Cerro Porteño), que fizeram sete.
Carreira meteórica
Em 2003 chegou ao Santos e suas atuações pelo time infantil chamavam atenção. Cinco anos depois o menino começou a treinar com o time de juniores e fez sua estreia como profissional no dia 7 de março de 2009, aos 17 anos, contra o Oeste, no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista. Desde então seu talento é reverenciado.
Graças à sua irreverência, carisma e bom desempenho em campo, Neymar passou a ser referência para a equipe e para futuros jogadores, que até já adotaram o corte de cabelo do atacante. Ele também mostrou um lado rebelde e polêmico. Entre brigas com treinadores e árbitros, o atleta mostrou que não se abalava em campo.
Depois da sua consagração como jogador, só resta saber até quando Neymar ficará no Brasil. O Santos está classificado para a disputa do Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão, mas talvez não possa contar com o atacante. O jogador já recebeu propostas de clubes europeus e poderá deixar a equipe paulista em breve.
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Torcedores que assistiram à final da Libertadores em telões no estádio não arredaram pé. Neymar e Ganso brilham, mas Léo é quem provoca espanhóisO torcedor do Santos passou mais de quatro horas plantado na Vila Belmiro, mas cada minuto de espera pela chegada da delegação campeã da Taça Libertadores valeu demais a pena. Às 4h15m, já na alta madrugada desta quinta-feira, os novos campeões da América subiram ao “solo sagrado”. Depois da vitória por 2 a 1 sobre o Peñarol, no Pacaembu, a torcida presente na Vila viveu enorme expectativa pela chegada dos ídolos e da taça. Alguns desfalques foram sentidos: o meia Elano e os zagueiros Durval e Edu Dracena não participaram da festa. O restante foi ao gramado e deu uma volta olímpica que durou 15 minutos.
De longe, o mais empolgado era o lateral-esquerdo Léo. O camisa 3 tomou conta da festa, não desgrudou da taça durante toda a volta olímpica e, sempre provocativo, já vislumbrou um possível duelo contra o Barcelona, no Mundial de Clubes, em dezembro.
Comandados por Neymar e Ganso, jogadores do Santos fazem a festa na Vila Belmiro
- A gente se encontra lá! Vamos ver se eles são isso tudo – bradou Léo.
O primeiro a subir foi o goleiro Rafael, com um bandeirão do Peixe nas mãos e uma faixa alusiva ao Japão na testa – é no país asiático que o Mundial será disputado. Na sequência, um Paulo Henrique Ganso quase fora de si chegou pulando para todos os lados, sem saber direito para onde ia.
- Não tem sensação melhor. Corremos, lutamos, e merecemos muito. Agora, nosso nome está gravado aqui – comemorou, apontando para a taça.
O tricampeonato da Libertadores deixou todo mundo em êxtase. Nas arquibancadas, os mais de cinco mil torcedores pareciam não acreditar na chegada da taça. Talvez pelas quatro horas de puro tédio na espera, com músicas que se repetiam nas caixas de som. Mesmo cansados, os fanáticos corresponderam à empolgação demonstrada pelos campeões no gramado.
Pelé comemora o título do Santos no estádio do Pacaembu
Neymar foi o mais festejado, até por conta de tudo o que fez nessa Libertadores. Muito assediado, ele deixou o campo falando pouco, mas roubou a cena no palco dos shows, dançando e incentivando a torcida a fazer o mesmo. Outros também tiveram os nomes gritados: Adriano, Arouca, Danilo, Zé Eduardo... Nenhum deles com a intensidade de Neymar. Da Vila, o elenco partiu direto para uma festa fechada em Santos. A festa, definitivamente, não tem hora para acabar.
Em 1962 e 1963, ele só não fez chover dentro de campo e levou o Santos ao bicampeonato da Taça Libertadores da América. Quarenta e oito anos depois, o coração do Rei Pelé voltou a bater mais forte. Desta vez, do lado de fora dos gramados. Como torcedor, Edson Arantes do Nascimento sofreu durante os 90 minutos, viu a dupla Neymar e Ganso brilhar mais uma vez e, assim que o argentino Sergio Pezzotta terminou a partida contra o Peñarol, o rei do futebol entrou no gramado para comemorar mais uma noite gloriosa na história do Santos.
(Veja no vídeo acima)
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