sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Santos e Vasco perdem muitos gols, mas zagueiros salvam: 1 a 1
Em jogo aberto, equipes abusam das chances
desperdiçadas e precisam recorrer a Dracena e
Rafael Vaz para resolver problema na Vila
Belmiro
Santos e Vasco não pouparam esforços para chegar à vitória, em duelo franco na noite desta quarta-feira. Mas esbarraram na pontaria até a reta final, com muitas chances jogadas fora. Até que Edu Dracena e Rafael Vaz, dois zagueiros, aventuraram-se no ataque e resolveram o problema, garantiram o empate por 1 a 1 para não ficar feio para ambos os lados. Apesar da chuva antes da partida, a bola rolou macia, e o número de faltas foi relativamente baixo (15 dos mandantes, e 14 dos visitantes). Muito por causa disso, não houve um cartão sequer. O pequeno público na Vila Belmiro - 3.898 pagantes e renda de R$ 110.061 - viu o estreante Montoya perder dois gols feitos, na cara de Aranha, apesar da intensa movimentação. E sofreu com o jejum santista, que agora chega a cinco rodadas - e mais de um mês.
- Não pode perder ponto do jeito que estamos pegando. Contra o Coritiba foi a mesma coisa. Essses pontos vão fazer falta - afirmou Edu Dracena, que abriu o placar aos 31 minutos do segundo tempo. O outro goleador da noite, Rafael Vaz, lembrou que o Vasco passou duas vezes pela mesma situação do Santos nesta noite - contra Ponte Preta e Goiás, jogos em que sofreu o gol de empate já perto do fim. E enalteceu o espírito de luta do time, apesar das falhas.
- Sabemos que erramos bastante, tanto na frente quanto atrás. Mas estamos de parabéns, é um time de guerreiros, e o resultado vem, fruto do trabalho. O empate fez o Santos cair mais um degrau na tabela, indo para o 16º lugar, colado na zona de rebaixamento, com 15 pontos. Na próxima rodada, o adversário é o Bahia, no domingo, às 18h30m (de Brasília), na Fonte Nova. Já o Vasco permanece no meio da tabela, na nona colocação, com 19 pontos, e agora vai receber o Grêmio no sábado, às 21h, em São Januário.
Jogo aberto e chances perdidas Ainda em busca da primeira vitória após a vexatória goleada sofrida para o Barcelona, em amistoso na Europa, o Santos esbanjou vontade no início, marcando com firmeza a saída de bola do Vasco e criando, pelo alto, duas boas chances de abrir o placar. O time carioca, sem a mesma eficiência do jogo contra o Coritiba, errava muitos passes e passou metade da etapa sem se aproximar da área rival. A única tentativa bem-sucedida foi em chute de longe de Montoya, aos 15 minutos, defendido com dificuldade por Aranha.
Também foi do colombiano a principal oportunidade. Eder Luis deu belo passe pelo meio, mas o estreante tocou para fora, de pé esquerdo. A essa altura, o domínio já era cruz-maltino. Rafael Vaz, de falta, Fagner e André contribuíram para que a estatística de finalizações chegasse a 11 no intervalo, número igual ou maior do que em sete partidas inteiras do clube nesse campeonato. Depois de muito espaço cedido pelo Vasco, era a vez do apagão da defesa do Peixe. Toque de drama com gols no fim
O técnico Claudinei dos Santos adiantou o seu time, com o meia Leandrinho na vaga do cabeça de área Alan Santos. Tornou a equilibrar as ações, mas viu Neilton tropeçar na bola na linha de fundo. Em outro lance, Diogo Silva vacilou, e Jomar consertou, tirando de carrinho antes de Edu Dracena empurrar para a rede. O jovem atacante foi substituído em seguida, quase ao mesmo tempo em que Montoya saiu. Antes, o colombiano comprovou que bater de direita não faz parte de seu repertório e jogou fora outra oportunidade claríssima, ao ajeitar o corpo para a canhota.
O drama era sério. O Vasco não se cansava de perder gols na Vila. Wendel, Eder Luis... a lista só crescia. E sofreu o castigo: aos 31 minutos, Edu Dracena subiu sozinho e finalmente tirou o zero do marcador. Em desvantagem, o time de Dorival Júnior insistiu, já sem organização, esbarrando no ferrolho imposto pelos paulistas. Até que, no apagar da luzes, em bobeira geral, Rafael Vaz apareceu para completou e igualou. De tanto errar, ninguém merecia vencer.
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