A crise namorava os dois lados, mas parecia mais propensa a abraçar o Cruzeiro. Dito e feito. Com vitória de 3 a 2 no Beira-Rio, o Inter aliviou sua situação e fez o adversário mergulhar em questionamentos. Foi a quarta derrota seguida da equipe de Joel Santana, que corre risco de demissão. Os gaúchos voltaram a vencer após duas rodadas de seca.
Anselmo Ramon abriu o placar para o Cruzeiro. Ainda no primeiro tempo, o Inter virou com D’Alessandro, de pênalti, e Andrezinho, de falta. Na etapa final, com os mineiros superiores em campo, Leandro Damião ampliou - em passe de D’Alessandro, que discutia com torcedores de dentro de campo. Leandro Guerreiro diminuiu, mas a Raposa não teve forças para buscar novo empate. Os visitantes foram prejudicados por um gol mal anulado pela arbitragem.
Com o resultado, o Inter subiu para 22 pontos, na sétima colocação. O Cruzeiro caiu para 11º, com 18 pontos. O jogo teve público de 16.286 pessoas, com renda de R$ 216.240,00. Na próxima rodada, os mineiros recebem o Avaí no sábado, e os colorados visitam o Bahia no domingo.
Mais D’Alessandro do que Montillo
D’Alessandro e Montillo, ambos argentinos, cérebros de chuteiras, cada qual com o número 10 às costas de suas camisas, trocaram abraços antes de começar o jogo. Era responsabilidade deles, mais do que de quaisquer outros atletas em campo, ajudar suas equipes a viver dias melhores. Ali estava o poder de criação de Inter e Cruzeiro. No primeiro tempo, o gringo colorado se deu melhor.
El Cabezón comandou um Inter desfigurado, com mais de um time inteiro de desfalques. Especialmente na metade inicial do primeiro tempo, o time colorado fez órbita em torno de D’Ale. Ele quase abriu o placar cedo, com dez minutos, em pancada por cima do gol de Fábio. Em seguida, o Cruzeiro surpreendeu.
Montillo esteve menos ligado que D’Alessandro. Mesmo assim, incomodou, mas não tanto quanto Wallyson, a melhor figura celeste em campo. Caído pelo lado direito, o jogador tirou suor da zaga colorada. Foi ele que originou o gol dos visitantes. Ao cruzar para a área, viu Muriel soltar a bola na cabeça de Anselmo Ramon. Falha feia do goleiro vermelho.
O Inter não se assustou com o gol. Foi para o ataque, manteve o estilo de jogo e conseguiu a virada. Gilberto, é bem verdade, deu uma força ao cometer pênalti desnecessário em D’Alessandro. O próprio argentino foi para a cobrança, certamente com a lembrança carregada pela batida errada contra o Fluminense. Não foi por acaso que ele comemorou muito ao ver a bola encostar na rede cruzeirense. Soltou um berro - de alívio. Era o empate colorado.
A Raposa tentou reagir, sempre com Wallyson. O atacante chutou forte, em diagonal, para fora. Fez o contrário de Andrezinho, que bateu falta pelo lado esquerdo e viveu segundos de expectativa ao ver a bola passar pela zaga adversária, pelos atacantes colorados, pelo goleiro Fábio, pela linha. E aí saiu comemorando, feliz da vida com o gol da virada vermelha.
Cruzeiro no ataque, Inter no gol: 3 a 1
O Cruzeiro perdeu Wallyson, lesionado, no fim do primeiro tempo. Voltou com Ortigoza no lugar dele para o período final. Apesar do desfalque, o time mineiro se apresentou muito melhor do que nos 45 minutos iniciais. Multiplicou-se em campo, passeou pelo ataque, esteve em vias de empatar a cada instante.
A torcida do Inter se irritou especialmente depois de duas demonstrações claras da superioridade dos mineiros em campo. Muriel fez, em dose dupla, defesa inacreditável: primeiro, espalmou pancada de Gilberto; na sequência, teve que se erguer às pressas para defender o rebote de Ortigoza. Impressionante.
A pressão do Cruzeiro rendeu um gol, mas a arbitragem anulou o lance. E errou. Montillo e Ortigoza tramaram boa jogada. Anselmo Ramon completou, mas foi apontado impedimento. Ele estava em posição legal.
A Raposa pagou caro pela pressão infrutífera.
Pior em campo, o Inter fez mais um. D’Alessandro, em momento em que discutia com torcedores, esbravejando de dentro de campo, encaixou cruzamento perfeito na cabeça de Leandro Damião. É raro ele perder gol ali. Na conclusão, Damião acertou a bola no travessão, e na queda ela entrou.
Virou jogaço. E o Cruzeiro voltou a colocar o Inter sob risco. Em cruzamento para a área, Leandro Guerreiro, ex-colorado, cabeceou sem chances para Muriel. Eram 36 minutos do segundo tempo. A partida estava viva. Vítor apareceu de surpresa na área e quase empatou. Quase. A bola bateu na trave. O Beira-Rio viveu momentos de pânico até o apito final. E aí o jogo acabou. O alívio é vermelho. A pressão é azul.
Principais lances do jogo
Gols da vitória do Inter sobre o Cruzeiro, domingo, no Beira-Rio
Com o resultado, o Inter subiu para 22 pontos, na sétima colocação. O Cruzeiro caiu para 11º, com 18 pontos. O jogo teve público de 16.286 pessoas, com renda de R$ 216.240,00. Na próxima rodada, os mineiros recebem o Avaí no sábado, e os colorados visitam o Bahia no domingo.
Mais D’Alessandro do que Montillo
D’Alessandro e Montillo, ambos argentinos, cérebros de chuteiras, cada qual com o número 10 às costas de suas camisas, trocaram abraços antes de começar o jogo. Era responsabilidade deles, mais do que de quaisquer outros atletas em campo, ajudar suas equipes a viver dias melhores. Ali estava o poder de criação de Inter e Cruzeiro. No primeiro tempo, o gringo colorado se deu melhor.
El Cabezón comandou um Inter desfigurado, com mais de um time inteiro de desfalques. Especialmente na metade inicial do primeiro tempo, o time colorado fez órbita em torno de D’Ale. Ele quase abriu o placar cedo, com dez minutos, em pancada por cima do gol de Fábio. Em seguida, o Cruzeiro surpreendeu.
Montillo esteve menos ligado que D’Alessandro. Mesmo assim, incomodou, mas não tanto quanto Wallyson, a melhor figura celeste em campo. Caído pelo lado direito, o jogador tirou suor da zaga colorada. Foi ele que originou o gol dos visitantes. Ao cruzar para a área, viu Muriel soltar a bola na cabeça de Anselmo Ramon. Falha feia do goleiro vermelho.
O Inter não se assustou com o gol. Foi para o ataque, manteve o estilo de jogo e conseguiu a virada. Gilberto, é bem verdade, deu uma força ao cometer pênalti desnecessário em D’Alessandro. O próprio argentino foi para a cobrança, certamente com a lembrança carregada pela batida errada contra o Fluminense. Não foi por acaso que ele comemorou muito ao ver a bola encostar na rede cruzeirense. Soltou um berro - de alívio. Era o empate colorado.
A Raposa tentou reagir, sempre com Wallyson. O atacante chutou forte, em diagonal, para fora. Fez o contrário de Andrezinho, que bateu falta pelo lado esquerdo e viveu segundos de expectativa ao ver a bola passar pela zaga adversária, pelos atacantes colorados, pelo goleiro Fábio, pela linha. E aí saiu comemorando, feliz da vida com o gol da virada vermelha.
Cruzeiro no ataque, Inter no gol: 3 a 1
O Cruzeiro perdeu Wallyson, lesionado, no fim do primeiro tempo. Voltou com Ortigoza no lugar dele para o período final. Apesar do desfalque, o time mineiro se apresentou muito melhor do que nos 45 minutos iniciais. Multiplicou-se em campo, passeou pelo ataque, esteve em vias de empatar a cada instante.
A torcida do Inter se irritou especialmente depois de duas demonstrações claras da superioridade dos mineiros em campo. Muriel fez, em dose dupla, defesa inacreditável: primeiro, espalmou pancada de Gilberto; na sequência, teve que se erguer às pressas para defender o rebote de Ortigoza. Impressionante.
A pressão do Cruzeiro rendeu um gol, mas a arbitragem anulou o lance. E errou. Montillo e Ortigoza tramaram boa jogada. Anselmo Ramon completou, mas foi apontado impedimento. Ele estava em posição legal.
A Raposa pagou caro pela pressão infrutífera.
Pior em campo, o Inter fez mais um. D’Alessandro, em momento em que discutia com torcedores, esbravejando de dentro de campo, encaixou cruzamento perfeito na cabeça de Leandro Damião. É raro ele perder gol ali. Na conclusão, Damião acertou a bola no travessão, e na queda ela entrou.
Virou jogaço. E o Cruzeiro voltou a colocar o Inter sob risco. Em cruzamento para a área, Leandro Guerreiro, ex-colorado, cabeceou sem chances para Muriel. Eram 36 minutos do segundo tempo. A partida estava viva. Vítor apareceu de surpresa na área e quase empatou. Quase. A bola bateu na trave. O Beira-Rio viveu momentos de pânico até o apito final. E aí o jogo acabou. O alívio é vermelho. A pressão é azul.
Principais lances do jogo
Gols da vitória do Inter sobre o Cruzeiro, domingo, no Beira-Rio
Internacional | 3 | x | 2 | Cruzeiro |
Internacional
Muriel;
Nei, Bolívar, Índio e Fabrício;
Elton, Glaydson, Andrezinho e D’Alessandro (João Paulo);
Leandro Damião (Jô) e Dellatorre (Zé Mario).
Técnico: Osmar Loss (interino)
Cruzeiro
Fábio;
Vitor, Gil, Naldo e Diego Renan;
Marquinhos Paraná, Leandro Guerreiro, Gilberto (Bruninho) e Montillo;
Anselmo Ramon e Wallyson (Ortigoza).
Técnico: Joel Santana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário