Agora não falta mais nada. Apesar da derrota por 2 a 1 para o Boa Esporte, neste sábado, em Varginha, o Náutico conseguiu matematicamente a classificação para a Série A do Brasileiro. Com 63 pontos, o Timbu acabou beneficiado pelas derrotas de Bragantino e Vitória. Já a equipe mineira foi a 56 pontos e ainda segue com esperanças de subir.
O time de Varginha abriu o placar aos 15 minutos do primeiro tempo com Valdo. Seis minutos depois, Kieza empatou a partida, para festa dos 15 torcedores alvirrubros que compareceram ao estádio Dilzon Melo. Mas, aos 40 minutos do segundo tempo, Marques fez o gol da vitória.
O Náutico se despede da Série B contra a Ponte Preta, às 17h do próximo sábado, nos Aflitos. A partida servirá apenas para decidir quem será o vice-campeão, já que a Macaca também assegurou a vaga ao vencer o ABC por 2 a 1. No mesmo dia, o Boa Esporte encara o Duque de Caxias, no estádio Raulino de Oliveira, no Rio de Janeiro, apenas para cumprir tabela
No embate entre as duas melhores defesas, gols rápidos
O empate por 0 a 0 já garantia matematicamente o acesso e com isso o Náutico começou a partida de forma mais cautelosa. Tanto que a primeira bola que chegou à área do Boa Esporte só veio aos 9 minutos, quando Eduardo Ramos cobrou uma falta e o goleiro Luiz Henrique afastou de soco, sem grandes problemas.
E no confronto entre as duas equipes menos vazadas, tudo indicava que o gol iria demorar a aparecer. Mas, bastou apenas 15 minutos para a bola entrar na rede pela primeira vez. E foi a equipe mineira quem abriu o placar. Carlos Magno foi na linha de fundo e cruzou para a pequena área. Marlon não conseguiu cortar e Valdo apareceu na frente de Peter e só teve o trabalho de encostar para o gol.
Kieza empata e segue cada vez mais artilheiro
E seis minutos depois, para contrariar as estatísticas, veio o segundo gol. E o Náutico empatou a partida com o artilheiro da competição. Num lançamento do zagueiro Marlon, Kieza dominou no peito, ganhou do zagueiro Cassiano, invadiu a área e bateu para empatar a partida e chegar a 21 gols na competição.
Após o empate, o Timbu voltou a administrar o resultado e aos 37 minutos acabou tomando um susto. Valdo cruzou para a área, Marques desviou de cabeça e Gideão fez uma defesa espetacular, evitando o gol do Boa Esporte. Precisando do resultado, o técnico Nedo Xavier nem esperou o fim do primeiro tempo e aos 40 minutos tirou o volante Higo para a entrada do atacante Laércio.
Mas o lance anterior, despertou a equipe alvirrubra e aos 42 minutos Airton fez uma jogada de velocidade pela esquerda, invadiu a área e bateu rasteiro. O goleiro Luiz Henrique defendeu parcialmente e, na sobra, por pouco Kieza não alcançou para virar o jogo. Mas, o esforço do atacante seria em vão, pois o árbitro Felipe Duarte Varejão já havia anotado o impedimento.
Náutico volta sem pressa para o segundo tempo
“Enquanto houver chance, vamos acreditar”. Foi assim que o técnico do Boa Esporte resumiu a postura do time na volta para o segundo tempo. E foi o que aconteceu nos primeiros, quando a equipe mineira se lançou para o ataque. Como o gol não vinha, o técnico Nedo Xavier fez mais uma mudança com a saída do meio campo Carlos Magno para a entrada do atacante Maranhão.
Apesar da pressão mineira, a zaga alvirrubra se mostrou firme. E quanto não conseguiu parar o ataque adversário, acabou tirando vantagem da falta de pontaria. Com o ponto que precisava, o Náutico passou a retardar o jogo e só sair em contra-ataques. Tanto que aos 16 mitos o goleiro Gideão acabou tomando um cartão amarelo por demorar a cobrar um trio de meta. E a primeira finalização veio no minuto seguinte, numa jogada rápida pela esquerda de Rogério. O atacante timbu bateu e o goleiro da equipe mineira espalmou para afastar o lance.
Aos 22 minutos, Marques chegou muito perto de marcar. Ele recebeu na área, fez o giro em cima do zagueiro Ronaldo Alves, mas acabou pressionado na hora do chute e mandou para fora. O Timbu só voltou a chegar num lance de bola parada, mas sem perigo. Eduardo Ramos cobrou falta para a área, a zaga mineira cortou. Derley ficou com a sobra, mas acabou isolando o chute de fora da área.
Aos 36 minutos, o Boa foi para o tudo ou nada. Nedo Xavier tirou o volante Claudinei para a entrada do meia-atacante Marconi. E no minuto seguinte, numa jogada trabalhada, Marques recebeu na área e bateu colocado, tentando o ângulo esquerdo de Gideão, que apenas acompanhou ela sair pela linha de fundo.
Num contra-ataque veloz, o Timbu teve a chance de virar o placar, aos 37 minutos, mas Rogério acabou desperdiçando ao bater para fora. E de tanto pressionar, o Boa acabou chegando ao gol aos 40 minutos. Vando cruzou para a área, Laércio arrumou de cabeça e Marques bateu no canto esquerdo de Gideão. Apesar da derrota, o Náutico fez festa ao garantir a classificação. Isto porque, Bragantino e Vitória foram derrotados.
Boa Esporte 2X1 Náutico-Brasileirão 2011 Série B (37ª rodada)
Náutico é recebido com festa pela torcida no Aeroporto do Recife
Nem mesmo o horário do voo, que chegou às 5h, impediu os alvirrubros de comemorarem o acesso à Série A
Pareceu uma recepção de campeão, mas foi o acesso à Série A que levou a torcida do Náutico ao Aeroporto dos Guararapes, neste domingo, para receber os jogadores que fizeram o Clube da Rosa e Silva retornar a elite nacional, depois de dois anos na Série B. A derrota por 2 a 1 para o Boa Esporte, em Varginha, não tirou a empolgação dos alvirrubros, que apesar do desembarque estar marcado para 5h28, marcaram presença para receber o time.
Já as 4h da manhã e o N-Á-U-T-I-C-O ecoava pelo ambiente normalmente tranquilo das madrugadas do aeroporto. Bandeiras e camisas alvirrubras para tirar o terminal de passageiros da rotina. A maioria emendou o início da tarde do sábado, no pré-jogo, até a recepção, ou seja, cansaço para quem foi receber os heróis da classificação.
- Cheguei às 13h na sede para assistir a partida. Foi espetacular, vibramos demais. Depois caímos na folia em bares no Bairro do Recife, até dar a hora de virmos para cá - explicou o universitário Alysson Rocha, 22 anos, um exemplar perfeito de quem decidiu aparecer no aeroporto
festa para receber o Náutico no Aeroporto do Recife
A cantoria não cessou. Teve gente, de paletó e gravata, prestes a embarcar, que entrou na brincadeira e incorporou a chefia de torcida, puxando gritos de guerra. No meio do borrão vermelho e branco, quatro homens usando um uniforme preto estavam misturados aos alvirrubros. Eram torcedores do Tupi, adversário do Santa Cruz na final da Série D, que tinham acabado de chegar ao Recife para a partida decisiva.
- Tupi, Tupi, Tupi - gritou a torcida.
- O Santa Cruz não vai fazer dois gols de jeito nenhum. Vai ser vice-campeão em casa. Ei gosto assim - afirmou um torcedor, lembrando da necessidade do rival em vencer por dois gols dois diferença para levar o caneco.
E falando em rival, o grande inimigo do Náutico foi lembrando diversas vezes. Dentre um e outro grito louvando o Timbu, vinha um canto xingando o Sport. A velha rixa não desapareceu mesmo no momento de alegria.
- Estou muito feliz pelo acesso, foi inesquecível, mas a festa foi prejudicada um pouco com a entrada do Sport no G-4. Não sei como isso foi acontecer - lamentou Tamara Azevedo, que largou um casamento para receber o Náutico.
Uma hora e meia depois, o aglomerado no desembarque estava grande. Quando os primeiros jogadores apareceram, aconteceu o frenesi. Não se conteram, pularam nos atletas. Gideão, Eduardo Ramos, Kieza, todos foram ovacionados.
- Estou emocionado com a recepção. A torcida apareceu de madrugada para nos receber,
com essa gritaria, alegria. Está todo mundo de parabéns. Esse acesso ficará marcados nas nossas vidas - revelou o volante Derley.
Mas nenhum atleta foi mais elogiado, aclamado, parabenizado e agarrado do que o técnico Waldemar Lemos. Tido como o principal responsável pela façanha do Náutico, os torcedores quase que o sufocaram. Waldemar teve que entregar os óculos e mochila para um segurança, pois iria acabar tendo prejuízos. Foi jogado ao ar, com gritos de "ah, é Waldemar". Ganhou um beijo que deixou sua testa marcada de batom.
Festa seguiu pelas ruas
Após a recepção no aeroporto, a festa alvirrubra seguiu pelas ruas em carreata. Os torcedores invadiram o bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade, e tomaram praticamente toda a Avenida Boa Viagem.
Veja o video a baixo
Náutico é recebido com festa pela torcida no Aeroporto do Recife
Campanha do Náutico na Série B 2011 foi quase irretocável
O Timbu fez bonito e se classificou para a Série A com uma rodada de antecedência
Com a edição 2011, o Náutico chegou a sua 16ª Série B. Porém, ao contrário de outras edições, está foi uma campanha quase irretocável do Timbu. O time conseguiu o acesso para a Série A com um jogo de antecedência e tem tudo para terminar a competição na vice-liderança. Para se ter uma ideia da força do Alvirrubro, o clube completou 25 rodadas no G-4.
Os números obtidos pelo Náutico nesta Série B mostram um panorama bem diferente do que o mais otimista dos alvirrubros poderia vislumbrar. Na primeira rodada da competição, o Timbu perdeu por 4 a 0 da Portuguesa, no Canindé. Após aquela partida boa parte dos torcedores imaginou que este seria um ano de agonia, baseado na luta para fugir da Série C. Puro engano...
O Náutico esteve na zona de rebaixamento apenas uma vez, justamente na primeira rodada. Depois disso, os pernambucanos cresceram no torneio. Hoje, o Alvirrubro é segundo o time que mais venceu na Série B 2011. São 17 vitórias contra 21 da Portuguesa, já campeã da competição. Em se tratando de derrotas, até esta 37ª rodada, o Náutico contabiliza apenas sete. Mais uma vez, o desempenho fica atrás apenas da Lusa, que perdeu em três ocasiões.
Para coroar sua campanha na Série B, o Náutico tem uma das melhores defesas do torneio. De 36 partidas, o Timbu sofreu 39 gols. No ataque, mais um ponto positivo para os pernambucanos. Com 21 gols, Kieza é o artilheiro da Série B e tem mais um jogo para se consolidar na artilharia da competição. Mas nem só de Kieza é feito o time do Náutico.
A conquista da vaga na Série A foi resultado de um conjunto bem armado pelo técnico Waldemar Lemos. O treinador chegou sob olhares de desconfiança e, mesmo sem entrar em campo, teve que suar a camisa para ganhar credibilidade com o torcedor. Na linha, o sucesso começou com o camisa 1. O goleiro Gideão foi responsável por grandes defesas e graças a ela o Náutico saiu de campo com a vantagem no placar em diversas partidas.
Na zaga, Marlon e Ronaldo Alves - e eventualmente Diego Bispo, quando acionado - fizeram bem a sua parte. O setor mais frágil do Náutico na Série B foram as laterais, mas ainda assim no decorrer da Série B não houve incidentes maiores que comprometessem a caminhada de volta à Série A. O meio-campo alvirrubro, formado por Éverton, Elicarlos, Derley e Eduardo Ramos, conseguiu fazer com eficiência a ligação entre a zaga e o ataque que, além de Kieza, teve a colaboração de Rogério.
Náutico comemorou o acesso já na vitória contra o Barueri, nos Aflitos
Por tudo o que conseguiu construir este ano, o Náutico chegou ao fim da Série B 2011 em uma situação bastante diferente da que viveu em 2010. No ano passado, o Alvirrubro terminou na 13ª posição, com 48 pontos ganhos em 28 rodadas. Foram 14 vitórias, seis empates e 18 derrotas e apenas dois pontos à frente do primeiro time da zona de rebaixamento (o Brasiliense).
Quando 2012 chegar e os torcedores do Náutico olharem para trás verão números bem diferentes. A torcida alvirrubra se lembrará que, sob o comando de Waldemar Lemos, Gideão, Peter, Marlos, Ronaldo Alves, Airton, Everton, Elicarlos, Derley, Eduardo Ramos, Kieza, Rogério, além de Gledson, Jeff Silva, Lenon, Elton e outros poucos do elenco reduzido ajudaram o Timbu a ter um fim de ano feliz.
Quando 2012 chegar e os torcedores do Náutico olharem para trás verão números bem diferentes. A torcida alvirrubra se lembrará que, sob o comando de Waldemar Lemos, Gideão, Peter, Marlos, Ronaldo Alves, Airton, Everton, Elicarlos, Derley, Eduardo Ramos, Kieza, Rogério, além de Gledson, Jeff Silva, Lenon, Elton e outros poucos do elenco reduzido ajudaram o Timbu a ter um fim de ano feliz.
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