quinta-feira, 31 de julho de 2014
Flamengo 1 x 0 Botafogo ( 12ª RODADA )
À BASE DA LUTA, FLA VENCE O BOTAFOGO NA REESTREIA DE LUXA E ENCERRA JEJUM
Em partida com forte marcação nas saídas de bola e muita disputa no meio de campo, gol de Alecsandro de cabeça encontra brecha na falta de talento
Não foi uma partida para ser lembrada como bem jogada a deste domingo no Maracanã. Mas a vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Botafogo pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, na reestreia de Vanderlei Luxemburgo na equipe da Gávea, poderá servir para os rubro-negros como um recomeço no Campeonato Brasileiro, ainda que a equipe esteja longe, muito longe, de mostrar um bom futebol. Na verdade, a partida debaixo de forte chuva pode ter luta como palavra-chave.
Superior em boa parte do primeiro tempo, principalmente a partir dos 30 minutos, quando o time teve no argentino Mugni uma pequena luz de inspiração e em Alecsandro o faro de gol - marcou numa linda cabeçada, aos 32 -, o time acabou dominado em parte da segunda etapa por um Botafogo também lutador.
Mas no lance final, quando o zagueiro rubro-negro Marcelo falhou na saída de bola, faltou estrela ao atacante Zeballos para empatar a partida - na sequência, houve até impedimento do atacante ao receber de Wallyson, mas ele poderia ter decidido na primeira conclusão, defendida por Paulo Victor.
O resultado até seria mais justo pelo equilíbrio tanto na marcação forte das equipes no campo de ataque como na briga pela posse de bola no meio de campo.
O Flamengo, que encerra um jejum de oito partidas sem vencer, vai a 10 pontos ganhos. Continua na zona de rebaixamento, mas sai da lanterna e passa para o 18º lugar na tabela. Com a derrota, o Botafogo, que mostrou uma equipe insatisfeita com atrasos de salários - o time entrou com uma faixa de protesto antes da partida -, fica em 13º lugar, com 12 pontos.
A equipe alvinegra melhorou sensivelmente com as alterações na segunda etapa, quando Zeballos entrou no lugar de Bollati e deixou o time mais ofensivo.
Yuri Mamute, muito mal, também foi trocado por Daniel, nem tão bem. E Wallyson no lugar de Carlos Alberto - o meia foi muito bem marcado - deu mais poder de fogo à equipe, que no entanto foi muito desorganizada ao atacar.
O jogo Foi um primeiro tempo de muita disputa e pouca inspiração o do clássico no Maracanã. O Flamengo de Vanderlei entrou mais ligado e foi superior a partir dos 30 minutos, quando Mugni começou a se livrar melhor da forte marcação - aliás, uma tônica nas duas equipes - e encontrar nas laterais a melhor posição para desenvolver as jogadas.
Com os times bem ligados no meio de campo, os erros de passes prejudicaram as sequências dos lances. O Botafogo teve a sua, quando Carlos Alberto, bem marcado, conseguiu ser o garçom para Emerson Sheik bater com perigo.
O Flamengo, que já tinha tentado a bola aérea num centro de João Paulo para Alecsandro, repetiu a jogada, dessa vez com sucesso - e iniciada por Mugni - aos 32. O camisa 9 foi feliz na conclusão de cabeça. A partir daí, a equipe alvinegra afrouxou a marcação, e os rubro-negros até poderiam ter chegado ao segundo, se Luiz Antônio não tivesse batido fraco.
Pelo lado alvinegro, Edílson, com chute forte de fora da área, obrigou Paulo Victor a fazer a única boa defesa na partida até então.
Na segunda etapa, o Botafogo começou em velocidade em busca do empate. Zeballos deu mais vigor ao ataque, mas as jogadas ofensivas não encaixavam bem e Carlos Alberto não conseguia ser o garçom ideal para Emerson Sheik. Vanderlei tirou Mugni para promover a estreia de outro argentino, Canteros, e com isso o time recuou muito.
A entrada de Negueba no lugar de Paulinho não surtiu o efeito de aumentar a velocidade no contra-ataque.
O sufoco foi até o fim. O Botafogo, que tentou muito o jogo pela direita, não teve em Edílson um lateral eficiente. Agora, a equipe alvinegra vai buscar a recuperação no próximo sábado, diante do líder, o Cruzeiro. Ao Flamengo, cabe seguir na recuperação diante da Chapecoense, domingo, no Sul.
CORITHIANS 2 X 0 PALMEIRAS (12ª RODADA)
TIMÃO VENCE PRIMEIRO DÉRBI DA ARENA E VÊ VERDÃO MAIS DISTANTE NA TABELA
Após primeiro tempo fraco, Corinthians dá as cartas, faz 2 a 0 e afunda Palmeiras. Guerrero e Petros são os responsáveis pela festa em casa
Cada vez mais acostumado à nova casa, o Corinthians joga em sua Arena com a maior naturalidade. Nem mesmo o maior rival causa temor à consciente equipe treinada por Mano Menezes. No primeiro clássico da história do estádio alvinegro, o Timão venceu o Palmeiras por 2 a 0, neste domingo, retomou a vice-liderança do Campeonato Brasileiro e prejudicou um pouco mais o rival na tabela, que esta em 12º. Guerrero e Petros, ambos no segundo tempo, foram os responsáveis pelos gols.
Foi a terceira vitória seguida no Corinthians em sua Arena, onde está 100% depois da Copa do Mundo. Com mais recursos técnicos do que o Palmeiras, o time de Mano tomou as rédeas do jogo, superou um primeiro tempo truncado e deslanchou no segundo graças a Elias, autor das duas assistências que originaram os gols corintianos. Com 23 pontos, o Timão está a cinco do líder Cruzeiro.
O Palmeiras de Ricardo Gareca é organizado taticamente, mas seus jogadores têm deficiências. Quando levou o primeiro gol, o time não soube reagir. Do banco, Gareca propôs soluções, abriu seus atacantes, mas as chances não apareceram. O time alviverde continua com 13 pontos na tabela, mais longe dos primeiros colocados, mais perto dos últimos.
Duro de ver O clássico que prometia ser quente acabou proporcionando, provavelmente, os 45 minutos mais chatos na breve história da Arena Corinthians. O Dérbi teve paz antes do jogo, com chegadas tranquilas dos torcedores do Palmeiras - maior preocupação do dia. Em campo, porém, os times não corresponderam às expectativas. O Timão tocou, tocou, tocou e não conseguiu achar brechas na defesa do Verdão, que se limitou a explorar os contra-ataques.
A escalação proposta por Ricardo Gareca indicava um Palmeiras mais ofensivo, mas Felipe Menezes, Mendieta, Mouche e Henrique viraram mais quatro defensores, que voltavam para dobrar a marcação nos principais corintianos – Renato Augusto, Romero e Guerrero tiveram pouquíssimo espaço. As laterais ficaram abertas, mas Fagner e Fábio Santos erraram muito. Do outro lado, Cássio era mero espectador. O Palmeiras teve apenas uma finalização no primeiro tempo.
O Corinthians tentou propor o jogo e trocou mais passes. Chances, mesmo, só criou no fim. Um chute de Renato Augusto, outro de Guerrero e uma cabeçada de Gil assustaram o goleiro Fábio. O árbitro Sandro Meira Ricci colaborou para amarrar a partida: foram 25 faltas marcadas, grande parte delas em lances leves. O jogo travado irritou os dois lados.
A torcida, também ressabiada, não reclamou do fim da primeira etapa. Elias, o garçom O Corinthians entendeu que precisava de mais peças no ataque e fez isso sem precisar realizar substituições. Bastava acionar Elias, que ainda retoma seu ritmo depois de seis meses sem atuar.
Na primeira chegada mais forte ao ataque, ele expôs as deficiências da zaga palmeirense e incendiou a Arena. Um drible de corpo foi suficiente para Elias tirar Tobio da jogada e dar a bola nos pés de Guerrero. O peruano fez 1 a 0 para o time da casa.
A Arena explodiu, e o Palmeiras sentiu o gol. Se a bola já parecia pesada, ficou mais ainda quando o Verdão tentou atacar com ligações diretas entre defesa e ataque. Mendieta foi substituído por Leandro, deixando o meio-campo ainda mais deserto.
Cássio, mais uma vez, teve pouco trabalho na meta do Corinthians. Apenas Mouche, voluntarioso, tentou fazer tudo sozinho pelo lado direito. Em vão. Aos 46, Elias, mais uma vez, entrou pelo meio e tocou para Petros, que bateu cruzado, da direita. A bola bateu na trave, nas costas de Fábio e entrou.
O clássico serviu para mostrar a atual diferença técnica entre as duas equipes, igualmente bem organizadas por Mano Menezes e Ricardo Gareca. Mano tem talentos à sua disposição e resolveu o jogo a seu favor numa jogada individual de sua peça-chave: Elias. Gareca tem bem menos material para trabalhar. Vai precisar tirar o máximo de seus jogadores para fazer o Verdão subir na tabela do Brasileiro.
SPORT 2 X 1 ATLÉTICO MINEIRO ( 12ª RODADA )
PARA ARIANO SUASSUNA: SPORT VENCE O ATLÉTICO-MG NA ILHA E ENCOSTA NO G-4 Em tarde de homenagens ao escritor paraibano, Felipe Azevedo e Durval garantem vitória no segundo tempo; Tardelli desconta de pênalti
Vestido de encarnado e preto, o bando dos pernambucanos, comandado por Severino de Aracaju (personagem do Auto da Compadecida trazido pelo zagueiro Durval na camisa), não se intimidou com a força da volante mineira e impôs uma derrota categórica aos forasteiros.
Essa seria uma forma de Ariano Suassuna contar a história da vitória do Sport por 2 a 1, sobre o Atlético-MG, neste domingo, na Ilha do Retiro. Com os nomes de personagens dos seus livros às costas, os jogadores rubro-negros prestaram a maior homenagem que o escritor poderia receber.
Venceram. Sem Ronaldinho Gaúcho, que deve ter seu futuro decidido na terça-feira, o Galo foi presa fácil e amargou sua terceira partida sem vencer na Série A.
O Sport chegou ao quinto jogo sem derrota, foi a 21 pontos e subiu para a quinta colocação. A equipe mineira, com 15 pontos, é a 11ª na tabela. Os gols saíram todos no segundo tempo. Felipe Azevedo aos 5 e Durval, aos 23. Tardelli descontou de pênalti, aos 39.
As duas equipes voltam a campo no próximo domingo, pela 13ª rodada do Brasileirão. O Leão encara o Figueirense, às 16h, no Orlando Scarpelli, enquanto o Galo recebe o Atlético-PB, às 18h30, no Independência. Sobrou vontade, faltaram gols
O Atlético-MG vinha de uma decisão dura da Recopa, mas quem parecia estar cansado era o Sport, dono da casa. Com dois titulares suspensos, Eduardo Baptista mudou a formação do time e acabou vendo o Galo, mesmo sem Ronaldinho Gaúcho, criar mais oportunidades nos minutos iniciais.
Diego Tardelli e Jô até chegaram a incomodar, mas pararam em Magrão. O Leão, com Neto Baiano apagado, só acordou na reta final e até teve uma chance clara de abrir o placar, desperdiçada por Zé Mário, que foi bastante criticado pela torcida.
Enfim, a rede balança Dispostos a saírem de casa com a vitória, os jogadores do Sport voltaram para o segundo tempo lutando por todos os metros do campo. Se na técnica não conseguiam sobrepor o adversário, os pernambucanos buscaram o resultado na base da força. Foi assim que Felipe Azevedo abriu o placar aos cinco minutos, após belo passe de Durval.
Com o nome de Severino de Aracaju, o cangaceiro do Auto da Compadecida às costas, o camisa 4 usou toda a truculência para invadir a área do Galo e ampliar aos 23. Mesmo sem criar muitas chances, o Galo conseguiu diminuir com Diego Tardelli, de pênalti, aos 39. O time mineiro ainda pressionou no final, mas não conseguiu mudar o placar.
ATLÉTICO PR 0 X 3 FLUMINENSE ( 12ª RODADA )
EM JOGO SEM TORCIDA, FLUMINENSE DOMINA O ATLÉTICO-PR E VENCE: 3 A 0 Jean, Conca e Cícero marcam e ajudam o time carioca a pular para a terceira posição do Campeonato Brasileiro. Apático, Furacão cai
Posse de bola, troca de passes curtos, gols. E não importa se Cristóvão Borges sacrificou Walter para ter mais um volante no time. O Fluminense, com Valencia como titular e mais marcação no meio, jogou bem e venceu o Atlético-PR por 3 a 0 na Arena da Baixada, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Nenhum atleticano teve oportunidade de criticar ou vaiar a atuação da equipe neste domingo. Punidos pelo STJD, os paranaenses jogaram com portões fechados. Foi possível, então, ouvir a vibração de Jean, Conca e Cícero com os gols marcados.
O Tricolor carioca chegou aos 22 pontos, na terceira posição, enquanto o Furacão se mantém com 19, agora na 10ª colocação. Lá se vão cinco anos sem saber o que é perder para o Furacão. Agora, com um detalhe a mais: os tricolores têm mais vitórias que o adversário em confrontos na Arena da Baixada na história: cinco a quatro, com mais quatro empates. O clube construiu essa vantagem neste domingo com uma receita simples: ficar com a bola a maior parte do tempo. No fim sofreu pressão, e deu chance a Diego Cavalieri de se destacar também com uma bonita defesa.
Cristóvão Borges terá uma semana pela frente para pensar em como vai encaixar Fred no seu esquema. O atacante voltou da folga de dez dias após a Copa do Mundo e deve ter condições de atuar no próximo fim de semana, contra o Goiás, às 18h30, no Maracanã. Terá ainda que avalliar as condições de Henrique, com problema no joelho, e Rafael Sobis, que deixou o campo com dores no ombro. O Atlético-PR, como disse Otávio na saída de campo, precisará trabalhar nos próximos dias para corrigir os erros para o jogo contra o Atlético-MG, no mesmo horário, no Independência.
Domínio total do Tricolor Antes do apito final, os jogadores do Fluminense evitaram falar sobre vantagem com a ausência da torcida rubro-negra. Wagner deixou claro que "futebol é em campo". E foi em campo que eles mostraram que a vantagem é conseguir botar a bola no chão e jogar, como pedia Cristóvão. Com mais posse, dominaram o primeiro tempo. Jean acertou um bonito chute, e Rafael Sobis trombou com Weverton na área, no pênalti marcado e convertido por Conca para construir boa vantagem.
O Atlético-PR parecia atordoado, e a situação não melhorou no segundo tempo. Não armava, não criava jogadas. Tentava algumas bolas levantadas - foram 16 ao todo -, geralmente cortadas pela defesa. Piorou quando Conca cruzou na medida para Cícero ampliar. No fim, o Fluminense começou a errar passes bobos. O Furacão poderia ter aproveitado. Mas parou em uma bonita defesa de Diego Cavalieri. Por mais que tentasse, o dia era do futebol bonito apresentado pelos cariocas.
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